Instrumento brasileiro para investigação de eventos adversos na saúde: um estudo metodológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mello, Lucas Rodrigo Garcia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16664
Resumo: Desde a implantação da metodologia de gestão de riscos reativa nas organizações de saúde, existe um número reduzido de ferramentas para compor este tipo de gestão que atenda integralmente o segmento saúde. Para obter uma investigação completa e robusta, existem pontos que o instrumento necessita conter, como: utilizar a base conceitual da OMS, criação de um time de especialistas, esgotamento da análise de causa raiz através das ferramentas da qualidade e a aplicação da matriz de responsabilização na etapa de identificação dos fatores contribuintes, pois estudos indicam que sua aplicação favorece a cultura justa e, consequentemente, a segurança do paciente. Este estudo tem como objetivo geral: elaborar um instrumento brasileiro para investigação de evento adverso adaptado ao contexto nacional. Objetivos específicos: realizar uma revisão escopo sobre as ferramentas para investigação de eventos adversos, conhecer o perfil dos profissionais que atuam no Núcleo de Segurança do Paciente e analisar os aspectos relacionados à operacionalidade prática na aplicação das ferramentas. Trata-se de uma pesquisa metodológica. Foram utilizados como cenários 24 hospitais distribuídos nas regiões sudeste, nordeste, sul e centro-oeste com uma amostra de 95 profissionais. A pesquisa foi operacionalizada em três fases. Respectivamente: revisão de escopo; aplicação de questionário estruturado aos participantes e criação de um instrumento para investigação de eventos adversos, balizado na revisão escopo e na análise dos dados obtidos com os questionários. As análises estatísticas aplicadas foram descritivas e inferenciais. Resultados: na revisão foram selecionados 31 estudos sobre as ferramentas e métodos para investigação de eventos adversos. Dos 95 profissionais que participaram, identificou-se que a maioria pertence ao sexo feminino (83,2%), na faixa etária de 39 a 42 anos (40,0%), com a média de 39,5 anos de idade, 14,3 anos de formação, 9,2 anos de atuação na assistência e 4,7 anos de atuação no NSP. Quanto à formação destes profissionais evidenciou-se que a categoria que atua na investigação de eventos adversos do NSP é na maioria, enfermeiro (89,5%), com MBA (61,1%), com duas especializações (66,3%), sendo a mais frequente em terapia intensiva (56,8%). O IVC global do questionário foi de 96,4% das respostas aos itens de “Concordo parcialmente” ou “Concordo Totalmente”. Assim, este estudo permitiu a construção de um novo instrumento para investigação de eventos adversos, que será utilizado pelos profissionais que integram os núcleos de segurança, adaptado ao contexto brasileiro, levando em consideração as melhores evidências articulada com a prática profissional de diversas instituições de saúde, privadas e públicas, distribuídas pelo Brasil, contribuindo amplamente para a identificação da causa raiz e propor ações de melhorias sustentáveis para as organizações de saúde