Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Santos, Anne Caroline de Morais |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/9685
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Resumo: |
A presente tese trata dos anos de formação das personagens Calogero, do conto L'antimonio (1960), e Candido, do romance Candido ovvero un sogno fatto in Sicilia (1977), do escritor siciliano Leonardo Sciascia. Consideramos o romance de formação como uma modalidade narrativa cujo enredo dá destaque aos anos de transformação, mudança e formação da personagem. Tal modalidade, desde o surgimento do termo Bildungsroman em 1810 e sua direta ligação ao romance goethiano Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister (1795-1796), vem se ressignificando. A cada nova obra de formação, surgem novas possibilidades de estruturação da personagem e seu movimento rumo à sua transformação. Mikhail Bakthin, em Estética da Criação Verbal, atrelou a palavra devir e a palavra movimento ao processo de formação vivenciado pela personagem na obra. Para o estudioso russo, o movimento exterior (social) da personagem movimentaria o seu interior até que ela atingisse uma mudança. Como esse movimento se concretiza na obra literária? Como o exterior movimenta dentro da personagem, levando-a à formação? Como marcas da formação do autor podem estar presentes na formação da personagem? Essas perguntas foram lançadas ao longo da pesquisa, cujo objetivo foi buscar na análise comparada do conto e do romance do mesmo autor elos que aproximassem a estruturação e o movimento das personagens no texto literário. Além disso, pretendemos apresentar a possibilidade de um conto de formação. Como base teórica principal, além de Bakthin, foram utilizados pesquisadores que se ocupam do tema formação, como os brasileiros Patricia Maas, Marcus Vinicius Mazzari e o italiano Franco Moretti. Para tratar do contexto de produção da obra e de seu autor Leonardo Sciascia, os teóricos Claude Ambroise, Giuseppe Traina, Antonio di Grado e Matteo Collura foram consultados |