Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Marilia Teresa Lima do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/26638
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Resumo: |
O interesse pela pesquisa acerca dos micropoluentes presentes em corpos hídricos está associado a um conjunto diversificado de compostos orgânicos amplamente utilizados pela sociedade moderna para diversos fins, expondo o homem e outros seres vivos a distintos poluentes. Os riscos estão associados cânceres, ovários policísticos, redução na quantidade de esperma, resistência bacteriana em humanos. Em animais, masculinização, feminização, condições de intersex e até extinção da espécie, entre outros efeitos, mesmo em baixas concentrações da ordem de µg L-1 e ng L-1 no ambiente. A presença de micropoluentes ocorre pelo descarte incorreto de medicamentos; esgotos domésticos e industriais; agroquímicos, ineficiência dos processos de tratamento convencional das estações de tratamento de água (ETA) e de esgotos (ETE). Este trabalho tem como objetivo a avaliar a presença de micropoluentes, atividade estrogênica e toxicidade, em amostras de água da baía da Guanabara, rio Maracanã, canal do Mangue e nas praias Adão e Eva. A metodologia incluiu análises de parâmetros físico-químicos; ensaios de toxicidade aguda com o microcrustáceo Dapnhia similis e a bactéria Aliivibrio fischeri. Determinação da atividade estrogênica pelo ensaio in vitro Yeast Estrogen Screen (YES), utilizando a levedura de Saccharomyces cerevisiae modificada geneticamente; avaliação da citotoxicidade e a quantificação dos micropoluentes, Bisfenol A (BPA), estriol (E3), 17β-estradiol (E2) e 17α etinilestradiol (EE2) por CLAE/FLU. Nos resultados da avliação da qualidade das águas no rio Maracanã e canal do Mangue, classe II para águas doces e na baía da Guanabara, classe I, os parâmetros físicoquímicos de referência apresentaram-se dentro dos estabelecidos pela legislação federal. Os ensaios com os organismos-teste não apresentaram toxicidade. Na determinação da atividade estrogênica nas amostras do rio Maracanã foram encontrados valores de EQE2 de 0,10 ng a 1,58 ng L-1 e os potenciais citotóxicos ficaram entre 82% a 95%. A Atividade estrogênica na baía da Guanabara de 22,2 a 76,8 ng L-1 e citotoxicidade entre 82% a 95%. Nas praias Adão, Eva e enseada de Jurujuba, a atividade estrogênica ficou abaixo do limite de detecção (< LD), A citotoxicidade na enseada de Jurujuba foi de 95,94%, na praia Adão 10,05% e na praia Eva (< LD). A quantificação do BPA no rio Maracanã e canal do Mangue variou de 21,33 a 1325,16 ng L-1. Na baía da Guanabara em superfície de 14,06 a 298,55 ng L-1 de BPA; em profundidade de 51,24 a 465,55 ng L-1. Na enseada de Jurujuba 439,75 ng. L-1 e nas praias Adão 241,38 ng. L-1 e Eva 62,43 ng L-1 de BPA. A detecção para o E2 no rio Maracanã e canal do Mangue em torno de 6,0 a 55,20 ng L-1. Para o E3 de 20,88 a 313,66 ng L-1 e o EE2 de 8,46 a 409,41 ng L-1. Na baía da Guanabara em superfície o E2 variou de 33,49 a 167,15 ngL-1, em profundidade de 34,50 ngL-1 a 174,79 ngL-1. O E3 em superfície de 29,77 a 70,67 ng L-1 e em profundidade de 28,04 a 179,65 ng L-1. O EE2 em superfície de 110,56 a 248,09 ng L-1, em profundidade de 42,24 a 256,86 ng L-1. Na enseada de Jurujuba, o E2 e E3 <LD e o EE2 obteve a detecção de 219,88 ng L-1. Nas praias Adão e Eva, o E2. E3 e EE2 <LD. A presença de micropoluentes detectados nas águas da baía da Guanabara foram expressivos e um indicativo do aporte de compostos poluidores introduzidos diariamente para este ecossistema. |