Percepção e tolerabilidade de pacientes submetidos à craniotomia acordados para ressecção de tumor cerebral
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Fluminense
Niterói |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/8250 |
Resumo: | Introdução: A craniotomia com o paciente acordado (CPA) com o mapeamento cerebral é o padrão-ouro para reduzir a incidência de deficit neurológico em decorrência de cirurgias em áreas eloquentes do cérebro. Alguns estudos sugerem que essa técnica é bem tolerada e aceita. Entretanto é motivo de controvérsia se esses achados podem ser generalizados para todas as populações. Objetivo: Descrever a percepção e tolerabilidade dos pacientes submetidos à ressecção de tumor cerebral acordados. Métodos: Foi utilizada metodologia qualitativa. Entrevistas semi-estruturadas foram conduzidas em 17 pacientes operados acordados entre janeiro de 2013 e abril de 2015. Todas as entrevistas foram gravadas e transcritas. As ideias comuns foram agrupadas em categorias. Essas informações categorizadas foram analisadas. Resultados: Seis categorias emergiram após o agrupamento das ideias. 1) Percepção geral: nenhum paciente considerou o procedimento como uma experiência ruim, 94% entenderam o motivo pelo qual foram operados acordados e 88% ficaram positivamente surpresos com a cirurgia; 2) memória: 76% se lembraram de poucos minutos, 12% não tiveram memória alguma e 12% tiveram lembrança de toda a cirurgia; 3) sensações negativas: para 88% foi completamente indolor, 12% relataram dor leve. Desconforto com a posição na mesa de cirurgia foi relatado por 12%; 4) recuperação pós-operatória: a percepção do período pós-operatório foi positiva e 86% se sentiram completamente recuperados no dia seguinte da cirurgia; 5) informação pré-operatória: a explicação da técnica foi considerada satisfatória por todos; 6) comparação com experiências cirúrgicas prévias: 80% dos pacientes preferiram a experiência com craniotomia acordados a outras cirurgias, incluindo craniotomias e procedimentos de menor complexidade. Conclusão: Esse estudo corrobora a ideia de que a CPA é uma técnica bem tolerada. Nenhum paciente teve percepção negativa. Essa técnica pode ser empregada quando o cirurgião considerar que há risco, mesmo que pequeno, de desenvolvimento de deficit neurológico durante a ressecção de tumores cerebrais intra-axiais, sem prejuízo ao bem estar dos pacientes |