Uma crítica geográfica da biomedicina: o arranjo espacial do corpo como elo do processo saúde-doença

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Mizrahi, Vera Nazira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33827
Resumo: Essa pesquisa se volta a uma crítica geográfica da biomedicina analisando a construção do conceito de corpo e seus desdobramentos para o campo da saúde como ilustrativo da incorporação de um saber historicamente mediado pela dicotomia sociedade-natureza. A consolidação de uma ordem espacial cujas configurações têm assumido padrões de racionalização acionados segundo a lógica da acumulação capitalista molda os territórios e as relações de poder implicando em noções e análises a-espaciais, a-temporais, e descorporificadas. O resgate do método crítico da geografia médica exige compreender o processo saúde-doença como relação serespaço, e assim, uma indissociável relação homem-meio. Portanto, o arranjo corpóreo espacial permite entrever a fragmentação do corpo como a simultânea fragmentação da saúde, e ainda situar o processo saúde-doença mediado pelo controle do organismo a partir do biopoder. Neste sentido, revelar a saúde como extensão territorial do corpo é incorporar a Ciência Geográfica e sua leitura espacial no entendimento da dupla natureza do corpo e da saúde.