Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Dias, Aline Peçanha Muzy |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/9335
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Resumo: |
Introdução: Dentre os vários microrganismos que podem causar infecção relacionada à assistência à saúde, a grande prevalência de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina em hospitais tem sido associada com o aumento da mortalidade dos pacientes e a grandes custos de saúde, representando um grande desafio em termos de Saúde Pública. Apesar de o Brasil dispor de legislação pertinente quanto à prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde, deveria haver mais estudos que incluíssem a identificação imediata de pacientes que apresentem maior risco de aquisição de S. aureus resistentes à meticilina. Como somente os casos de infecções provocadas por S. aureus em ambiente hospitalar são relatados pelas autoridades de saúde, não se têm, com certeza, um percentual de indivíduos colonizados e/ou infectados por este microrganismo na população. Especula-se, assim, que possa haver elevada ocorrência de colonização e infecção por S. aureus nos diferentes setores das unidades de saúde do município de Nova Friburgo e que há correlação fenotípica e genotípica entre essas amostras provenientes de pacientes com colonização e infecção na referida região geográfica. Objetivo: desenvolver um estudo de Epidemiologia Molecular de colonizações e de infecções causadas por S. aureus em unidades de saúde públicas do município de Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil. Material e métodos: Foi avaliado um total de 1002 amostras coletadas de indivíduos atendidos no Hospital Municipal Raul Sertã, Hospital Maternidade de Nova Friburgo e Policlínica Norte. Após a identificação fenotípica e a avaliação da susceptibilidade aos antimicrobianos, as amostras de S. aureus foram submetidas a testes genotípicos para a detecção do gene mecA, identificação dos genes que codificam a leucocidina de Panton-Valentine, tipagem do cassete cromossômico estafilocócico e análise dos perfis de multi locus sequence typing e SPA typing Resultados: Das 1002 amostras coletadas, 294 (29,3%) foram identificadas fenotipicamente como S. aureus e 91 (9,1%) como S. aureus resistentes à meticilina. Das amostras resistentes à meticilina, 76 apresentaram o gene mecA e resistência à cefoxitina no antibiograma; quatro mostraram resistência à cefoxitina, mas não foi detectada a presença do gene mecA e 11 amostras apresentaram o gene mecA, porém não foi detectada a resistência à cefoxitina. O setor “outros”, onde o laboratório está incluído, apresentou a maior taxa de isolamento de S. aureus resistentes à meticilina (22,8%). Em alguns pacientes da hemodiálise que tiveram amostras recoletadas foi observada a mudança de status de colonização por S. aureus ao longo do tempo, incluindo a genotipagem das amostras resistentes à meticilina. Os genes que codificam a leucocidina de Panton e Valentine foram observados em 34 das 294 amostras de S. aureus analisadas. Destas, 17 eram resistentes à meticilina. Foram identificados 20 SPA types distintos, agrupados em oito Sequence Types. A cepa ST5 t002 foi a mais dispersa entre as unidades de saúde e distritos do município. Conclusão: A frequência de indivíduos portadores de S. aureus e S. aureus resistente à meticilina foi determinada pela primeira vez nesta área de estudo; a não concordância entre o padrão resistência fenotípica e genotípica observada em algumas amostras sugere a presença de outros tipos de resistência à meticilina que não somente o gene mecA |