Um desafio inesperado: a reação da política externa estaduniense à Primavera Árabe durante o governo Barack Obama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carvalho, Rodrigo Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/30565
http://dx.doi.org/10.22409/PPGEST.2022.m.13074324767
Resumo: O evento que começou em 2011 ficou conhecido como a “Primavera Árabe”, uma série de levantes em diversos países do Norte da África e do Oriente Médio. Esses protestos estouraram em países importantes aos interesses estadunidenses, como também em outros que eram de menor relevância, mas ainda sim parte dos interesses dos EUA. Tais protestos em alguns casos trouxeram alterações importantes para o status quo regional (como os da Tunísia e do Egito), fazendo com que os planos hegemônicos do governo estadunidense fossem alterados. Outros (representados pelos eventos na Líbia e na Síria) forçaram os EUA a participarem novamente de intervenções militares para promover a estratégia de mudança de regime. O presidente dos EUA que precisou enfrentar esse desafio foi Barack Obama, que herdou do seu antecessor um legado de enormes gastos militares e compromissos externos, além de uma enorme desconfiança entre os EUA e os povos da região. O governo estadunidense teve que ter uma abordagem cautelosa a esses eventos, que em muitos colocaram em disputa dois objetivos centrais da política externa estadunidense. De um lado, a promoção de valores e ideais ligados à democracia e o liberalismo; de outro, a defesa dos interesses de segurança nacionais estadunidenses, como por exemplo as políticas contra-terroristas estabelecidas e promovidas após o 11 de setembro. Para promover essa análise, a perspectiva teórica de Robert Cox quanto a hegemonia dentro das relações internacionais foi usada para entender a crise da hegemonia estadunidense dentro da região em questão. Além disso, a análise do discurso crítica de Fairclough, posteriormente interpretada por Resende e Ramalho foram úteis para expor como os discursos realizados por Obama refletem as ambições hegemônicas estadunidenses para a região estudada.