Influência da Ecdisona e da Azadiractina sobre a organização ultraestrutural do reto e o papel das mucinas de superfície do Trypanosoma cruzi na adesão à cutícula retal de Rhodnius prolixus

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Lopes, Duclécio Mendonça
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Rhodnius prolixus, Trypanosoma cruzi, Sistema neuroendócrino, Ultraestrutura do trato digestivo, Mucinas de T. cruzi, Adesão ex vivo; Doença de Chagas, Inseto vetor, Trypanosoma cruzi, Fisiologia do inseto
• Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28791

A doença de Chagas afeta, estimativamente, 8 milhões de pessoas no mundo, sendo endêmica em 21 países da América Latina e presente também em outras regiões do mundo, incluindo Europa e Oceania. A enfermidade é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi que se desenvolve ao longo do tubo digestório dos vetores, insetos da família Triatominae. O desenvolvimento do T. cruzi é modulado por diferentes fatores concernentes ao vetor e parasito, nos diferentes compartimentos do trato digestório. Uma dessas etapas é a adesão do T. cruzi à cutícula que reveste a superfície luminal do reto do vetor, adesão essa essencial para o flagelado passar da forma epimastigota para a forma tripomastigota metacíclica, infectiva para os hospedeiros vertebrados. Como já demonstrado - por métodos de manipulação neurohormonal- o sistema neuroendócrino controla a formação das membranas perimicrovilares no intestino médio do vetor. Dessa forma, utizando a mesma metodologia avaliada por métodos citoquímicos e de microscopia eletrônica, investigamos a formação e a arquitetuta ultraestrutural da cutícula retal e o comportamento adesivo dos epimastigotes do T. cruzi na ampola retal dos vetores. Na busca de mais esclarecimentos sobre os fatores envolvidos no processo de adesão do T. cruzi à cutícula retal, investigamos também possíveis componentes químicos que medeiam a adesão do parasita à superfície luminal do reto, com ênfase nas mucinas de superfície celular dos tripanossomatídeos. Os resultados obtidos neste trabalho indicam que a ecdisona é um fator responsável - direta ou indiretamente - pela modulação do arranjo ultraestrutural do reto proporcionando uma camada superficial de cera para adesão seguida de metaciclogênese do T. cruzi em seus hospedeiros invertebrados em um processo mediado por mucinas de superfície do protozoário.