Epidemiologia molecular do gene dos receptores Toll-like (TLR-4, TLR-6, e TLR-9) em indivíduos de uma área endêmica de malária por Plasmodium vivax na Amazônia brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ramírez, Aina Danaisa Ramírez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34861
Resumo: A migração humana é uma realidade entre as diferentes regiões do país, e a pouca habilidade no manejo clínico da malária pelos diversos profissionais da área de saúde se constitui em um sério agravante para a saúde pública. Associado a estes aspectos sociais está o surgimento da resistência às drogas pelo Plasmodium vivax nos últimos anos, complicações clínicas associadas com casos fatais, bem como resultados não promissores no desenvolvimento de vacinas. No Brasil, P. vivax é a espécie mais prevalente, responsável por aproximadamente 90% dos casos de malária na região Amazônica brasileira. Diversos estudos analisando à resposta sorológica a diferentes peptídeos do Plasmodium tem obtido resultados variáveis de acordo com o antígeno utilizado e a população analisada. Apesar das descrições clínicas da malária por P. vivax, protótipos referentes à resposta imunológica humoral e celular, assim como o padrão de moléculas envolvidas na resposta imune são escassos, e não totalmente esclarecidos. Este trabalho visa estudar os polimorfismos genéticos dos Toll-like (TLRs), em pacientes infectados por P. vivax provenientes de um município da Amazônia brasileira e correlacionar com à resposta imune contra os níveis de anticorpos e citocinas relevantes, as amostras foram constituídas por indivíduos infectados com P. vivax e não maláricos, provenientes do municipio Oiapoque, estado do Amapá. As frequências genotípicas e alélicas obtidas pelo pacote geneticsimplementado no programa R. Também foram comparadas as frequências genotípicas observadas com as esperadas segundo o teorema de Hardy-Weinberg. Associação dos polimorfismos com os níveis de interleucinas foi avaliada por Análise de variância. Os resultados obtidos apartir da meta-analises concluíram que os TLR-1, TLR-4 e TLR-9 são associados com a parasitemia, enquanto que os TLR-2 e TLR-6 estão relacionados com a gravidade da doença. Nenhum TLRs está associado com a susceptibilidade a doença. Os resultados da genotipagem entre os grupos investigados não foi observada associação significativa para as frequências alélicas e genotípicas dos 5 SNPs estudados entre indivíduos infetados com malária e não infetados, exceto para a frequência genotípica do TLR-9 (1237C ̸T). Uma associação entre TLR-4 (A299G) com parasitemia para o genótipo AA do grupo malárico. Houve um aumento para as citocinas IFN-ɤ, TNF-ɑ, IL-6, e IL-10 nos SNPs TLR-4 (A299G, T3911), TLR-6 (S249P) e TLR-9 (1486 C̸T) para os grupos de malária estudados. No caso do MSP-1 19, não foram encontrados achados significativos para nenhuns dos polimorfismos dos TLRs avaliados tanto para os grupos controle e maláricos. Os polimorfismos estudados podem modular a parasitemia e a resposta imune dos indivíduos infetados pelo P. vivax na Amazônia Brasileira.