Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Aethel Gladys de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/14946
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Resumo: |
Introdução: O carcinoma de células escamosas (CCE) é o tipo histológico mais incidente na cavidade oral, representando cerca de 90 a 95% dos casos. O CCE possui variantes histopatológicas e dentre elas, as mais comuns são o carcinoma verrucoso, carcinoma de células fusiformes e basalóide. Embora raramente encontradas e valorizadas, essas variantes apresentam comportamento e prognóstico distintos entre si e em relação ao carcinoma convencional. Objetivo: comparar o perfil clínico-patológico de pacientes acometidos pelos subtipos histopatológicos com pacientes com carcinoma de células escamosas oral convencional tratados no Instituto Nacional de Câncer José de Alencar (INCA) no período de 1999 a 2006. Material e métodos: Para realizar este estudo foram utilizados dados dos prontuários clínicos dos pacientes e dos exames histopatológicos disponíveis no INCA. Foram selecionados casos diagnosticados como subtipos de carcinomas de células escamosas oral no período de 1999 a 2006. Após aplicação de critérios de inclusão e exclusão, foram revisadas microscopicamente todas as lâminas histológicas correspondentes aos casos selecionados. Em seguida, foram selecionados casos de carcinoma de células escamosas oral convencional para comparação do perfil clínico-patológico de ambos os grupos histopatológicos. Para verificar possíveis associações entre as variáveis estudadas, foi utilizado o teste do qui-quadrado ou teste exato de Fisher, quando aplicável. Para análise de sobrevida, foi utilizado o método de Kaplan-Meier e teste de log-rank, sendo considerados significativos os valores de p < 0,05. A análise de regressão de Cox foi utilizada para verificar a independência entre as variáveis. Resultados: Nos casos selecionados de variantes histopatológicas foram encontrados 21 do tipo verrucoso, 1 cuniculatum; 1 basalóide, 8 fusiformes; 1 papilar, 1 acantolítico e 1 adenoescamoso. O perfil clínico dos pacientes com CCE variante e CCE convencional foi muito semelhante. No geral, eram pacientes do sexo masculino, brancos, sem antecedentes de tumores na família, tabagistas e lesões, na maior parte dos casos, restritas à cavidade oral. A cirurgia exclusiva com margens livres de tumor foi o tratamento mais comum bem como o estadiamento clínico inicial (estágios I / II). A morte foi o resultado mais freqüente, porém com diferença estatística entre os grupos. Conclusão: As variantes histopatológicas são raras e acometem predominantemente pacientes mais idosos; a associação com fatores de risco etilismo e tabagismo parece estar envolvida na etiopatogenia dos subtipos do carcinoma; os subtipos mostram melhor comportamento e prognóstico por revelarem predomínio do estadiamento patológico inicial e melhores taxas de sobrevida global; o carcinoma verrucoso se apresenta como a variante mais comum dos carcinomas orais. |