Investimento e produtividade do trabalho na indústria de transformação no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Carvalho, Polliany Aparecida Lopes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27162
Resumo: O objetivo desta Tese é contribuir para a agenda de pesquisa acerca do tema produtividade do trabalho. De forma mais delimitada, objetiva-se discorrer sobre os impactos do investimento na produtividade do trabalho. Para tanto, o objeto de pesquisa desta Tese é a indústria de transformação no Brasil. Neste sentido, realiza-se uma abordagem teórica que busca resgatar a compreensão do mecanismo de impactos do investimento na produtividade. Este arcabouço teórico tem origens bem fundamentadas nas modelos de crescimento da década de 50 e 60, nos quais já apontavam para a importância do investimento como variável chave na determinação do produto e consequentemente produtividade. Sendo assim, foram realizados três exercícios empíricos que buscam compreender e dimensionar os impactos do investimento na produtividade do trabalho. Todos os exercícios apresentados nesta Tese baseiam-se no modelo de dados em painel – Método dos Momentos Generalizados aplicado a informações da indústria desagregadas ao nível setorial. Para a variável investimento, foi utilizada uma proxy com base nos dados de aquisições extraídos da PIA-IBGE, a produtividade do trabalho foi obtida com base no quociente entre VTI – Valor da Transformação Industrial – e PO – População Ocupada, também extraído da PIA-IBGE. Tanto o VTI quanto as aquisições foram deflacionados pelo IGP-OG, um deflator a nível setorial aplicado ao produtor e disponibilizado pela FGV – Fundação Getúlio Vargas. Sendo assim, o primeiro exercício foi aplicado à indústria de transformação, o segundo aplicado aos grupos de intensidade tecnológica e o terceiro ao setor de bens de capital. Em todos os exercícios econométricos, os resultados apontam para um impacto positivo e significativo entre investimento e produtividade do trabalho, mas não são elásticos. O período analisado para indústria de transformação e os grupos de intensidade tecnológica compreende os anos de 1996 e 2016, já para o setor de bens de capital os resultados referem-se ao período de 1996 e 2013. No primeiro exercício, os resultados mostram que o impacto dos investimentos em aquisições de máquinas e meios de transporte são maiores em comparação aos investimentos em terrenos e edificações e outras aquisições. No segundo exercício, aplicado aos grupos de intensidade tecnológica, o investimento tido como variável explicativa foi agregado, e em todos os grupos, o investimento apresenta um impacto positivo e significativo na produtividade, sendo que os grupos de média-alta e alta intensidade tecnológica apresentam maior elasticidade do investimento-produtividade. No último exercício, aplicado ao setor de bens de capital, a modalidade de aquisições de meios de transporte e outras aquisições foram as que apresentaram maior elasticidade. Em todos os exercícios, os resultados mostram para uma relação positiva entre investimento e produtividade.