A matemática nos exames de preparatórios no Rio de Janeiro durante o século XIX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Moulin, Adenir Pereira de Araújo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/30028
Resumo: Durante o século XIX, a educação básica no Brasil contava com um número ainda incipiente de escolas e pouca atenção do governo central para as instituições de ensino secundário. Com o Ato adicional em 1834 e a criação do Colégio Pedro II em 1837, o ensino secundário começa a contar com tênue organização, mas se mantém atrelado ao que era cobrado para a matrícula das Faculdades. Para ingressar nas instituições de ensino superior no século XIX era necessária a aprovação dos estudantes nos Exames Gerais de Preparatórios, regulamentados a partir da Reforma do ministro do Império Couto Ferraz em 1854. Incluídos nos exames para o ingresso nas Faculdades de Medicina, Engenharia e Direito, os conteúdos das cadeiras de Matemática acabaram por se constituir como parte fundamental do currículo do ensino secundário se configurando, como apontam alguns pesquisadores, como o currículo oficial vigente. Dada a importância da Matemática como conteúdo escolar, tanto na instituição oficial de ensino da época (Colégio Pedro II), como no padrão real seguido no ensino secundário, o objetivo deste projeto é investigar como eram realizados os Exames Preparatórios das cadeiras de Matemática (Álgebra, Aritmética e Geometria). Intrinsecamente a esse processo, é importante destacar alguns de seus constituintes tais como: a produção dos livros didáticos de Matemática produzidos e adotados para servirem de suporte ao acesso ao ensino superior, notabilizando alguns autores dessas obras; a nomeação dos membros da comissão julgadora, sendo necessário ser cidadãos idôneos e habilitados nas matérias, a moralidade e licitude dos trabalhos dependia em grande parte desses membros; o inventário das inscrições e dos respectivos resultados dos Exames Gerais de Preparatórios na área de Matemática e a divulgação dos colégios e professores habilitados, com destaque para aqueles que conseguiam notoriedade pela quantidade de aprovações. Este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa histórica no campo da História da Educação Matemática e foi desenvolvido na linha de pesquisa Ciência, Cultura e Educação e no projeto: História das Instituições: culturas escolares e práticas de ensino. A metodologia da pesquisa está baseada no estudo da legislação vigente na época, com destaque aos Relatórios Ministeriais do Império, livros didáticos, e outras fontes impressas (como os jornais em circulação durante o século XIX), além dos trabalhos já realizados sobre o tema.