Educação e meio ambiente: a formação de professores em tempos de crise
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Programa de Pós-graduação em Educação
Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/18240 |
Resumo: | A presente pesquisa defende um diálogo, que se pretende interdisciplinar, principalmente entre o marxismo, as correntes mais críticas do ambientalismo e a Teoria das Representações Sociais, do campo da Psicologia Social, com a perspectiva de contribuir para a formação de educadores capazes de compreender os nexos entre a dimensão material e simbólica da produção da existência humana, que tem no trabalho a mediação fundamental, por garantir ontologicamente a condição social dos homens, dando sentido às relações históricas entre as sociedades humanas e a natureza. O primeiro capítulo contextualiza historicamente a emergência do conceito de Educação Ambiental (EA), identificando as principais tendências que disputam estrategicamente as possibilidades político-pedagógicas da EA, além de defender uma perspectiva crítica quer na percepção da chamada crise ambiental, quer nas propostas de formação de educadores ambientais. O segundo explora um terreno comum entre a Teoria das Representações Sociais e o marxismo, demonstrando a importância do diálogo entre o senso comum e o saber acadêmico para a elaboração de estratégias pedagógicas que provoquem transformações no cotidiano vivido. Procura, ainda, estabelecer os nexos entre educação, representações sociais e cotidiano urbano no contexto de um curso de formação de professores. O terceiro apresenta os passos metodológicos da pesquisa desenvolvida com as alunas do curso de Pedagogia relativamente à produção de imagens legendadas sobre o experiência urbana das mesmas, demonstrando a possibilidade de buscarmos, nas representações sociais sobre cotidiano vivido, indicadores de (in)sustentabilidade nas cidades retratadas. Neste capítulo são apresentadas ainda as coleções temáticas que foram organizadas a partir do acervo de fotos-legenda. No quarto, quinto e sexto capítulos, as coleções temáticas são analisadas de modo a permitirem a pesquisa de indicadores socioambientais a partir das representações elaboradas pelas alunas, orientando a abordagem de alguns temas considerados pertinentes para o amadurecimento de uma agenda de educação socioambiental em espaços urbanos, de modo a buscar as rupturas necessárias para construção de projetos pedagógicos transformadores e emancipatórios, a partir de espaços escolares e não escolares. A riqueza material e simbólica das coleções de foto-legendas produzidas permitiu uma aproximação importante com o que poderíamos chamar de ideário socioambiental das alunas, indicando tanto as possibilidades, como os limites, para a consolidação de uma agenda de educação crítica que se solidarize com as demandas sociais e ambientais, não apenas das comunidades escolares imediatamente envolvidas, como de todas as populações que tem sido historicamente espoliadas na sua qualidade de vida. |