Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Viviane Nascimento Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/9455
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Resumo: |
A hipertensão é a complicação clínica mais comum da gravidez e uma das principais causas de complicações fetal, neonatal e materna em todo o mundo. A gestação gemelar, por si só, é um fator de risco isolado para o desenvolvimento e/ou agravamento das síndromes hipertensivas. Sua incidência vem aumentando nos últimos 30 anos, devido ao aumento da idade materna e à difusão das técnicas de reprodução assistida, correspondendo atualmente a cerca de 3% do total de nascimentos. A análise dos vasos orbitais pode auxiliar na avaliação e conduta das pacientes que apresentam hipertensão arterial durante a gestação, seja ela única ou múltipla. O ecodoppler ocular tem se mostrado método promissor, objetivo e de grande acuidade no diagnóstico de gravidade de pré-eclâmpsia, assim como no diagnóstico diferencial entre pré-eclâmpsia e hipertensão arterial crônica. No entanto, não existe um consenso na literatura que estabeleça os parâmetros dopplerfluxométricos da artéria oftálmica em pacientes saudáveis com gestações múltiplas. Os objetivos do presente estudo são avaliar os parâmetros dopplervelocimétricos da artéria oftálmica materna, índice de resistência (IR), índice de pulsatilidade (IP) e o peak ratio (PR), na gestação gemelar em pacientes saudáveis, entre 12 e 38 semanas de gestação, comparar os valores obtidos na gestação gemelar com os valores dos mesmos índices encontrados na gestação única e estabelecer valores de referência para IR, IP e PR em pacientes saudáveis com gestação gemelar. Foram avaliadas 64 gestantes gemelares, atendidas no Pré-Natal da Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no período entre 2010 e 2013. O grupo de gestação única foi composto por 289 gestantes. Os índices IR, IP e PR foram determinados no olho direito. Os dados colhidos foram submetidos à análise estatística (S-Plus versão 8,0). Foi realizada análise de regressão linear para avaliar a influência da idade gestacional nos índices obtidos nas gestações gemelares. Embora tenha sido observada correlação estatisticamente significativa entre IR, IP, PR e a IG na gestação gemelar, a diminuição por semana observada para IR e IP, e o aumento por semana observado para PR não apresentaram relevância clinica. Por esse motivo, foi utilizada média e desvio padrão dos índices estudados para comparação entre as gestações gemelares e únicas, através do teste t de Student. Foi adotado o nível de significância de 5% para todos os testes estatísticos. A média e o desvio padrão para IR, IP e PR encontrados nas gestantes gemelares foram respectivamente 0,77 ± 0,07, 1,79 ± 0,46 e 0,53 ± 0,12. A média e o desvio padrão para IR, IP e PR nas gestantes normotensas foram 0,75 ± 0,05, 1,88 ± 0,43 e 0,52 ± 0,10. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os valores de IP e PR observados nas gestantes gemelares e aqueles observados nas gestantes com feto único. No entanto, foi observada diferença estatisticamente significativa entre os valores de IR nestes dois grupos (P = 0,0332). As gestantes gemelares apresentaram média superior em 0,02 unidades de IR quando comparadas as gestações únicas. Os índices IP e PR se mostraram os melhores índices para avaliação das gestações gemelares, podendo ser utilizados na práticas os mesmos valores de referência estabelecidos para gestações únicas pra esses índices |