Avaliação do efeito do sulfato de magnésio sobre a hemodinâmica cerebral na pré-eclâmpsia grave através da dopplervelocimetria
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/11027 http://dx.doi.org/10.22409/PPGMI.2019.m.10721168710 |
Resumo: | Introdução: A pré-eclâmpsia (PE) complica 5 a 10% de todas as gestações, sendo a principal causa de mortalidade materna em todo o mundo. As complicações cerebrais, como a eclampsia, são as responsáveis por 75% dos óbitos. O sulfato de magnésio (MgSO4) é recomendado para prevenção da eclampsia na PE grave, no entanto, seu mecanismo de ação ainda é desconhecido. O Doppler de artéria oftálmica é um exame não invasivo que fornece dados importantes sobre a circulação cerebral. Por essa característica, o ecodoppler ocular pode auxiliar no estudo do mecanismo da prevenção da eclampsia pelo MgSO4. Objetivo: Descrever os índices dopplervelocimétricos da artéria oftálmica em mulheres com PE grave e gestação única, antes e após o uso de MgSO4. Relacionar os resultados do Doppler de artéria oftálmica encontrados ao reconhecido efeito protetor do MgSO4 sobre o fluxo sanguíneo arterial cerebral nas gestações acometidas por PE grave. Materiais e métodos: Foram incluídas no estudo pacientes com gestação de feto único, ausência de trabalho de parto e critérios para início do MgSO4 para neuroproteção materna, definidos pela presença de hipertensão grave e sinais sugestivos de eclâmpsia iminente. Todas as pacientes receberam hidralazina intravenosa até que a pressão arterial atingisse níveis menores do que 160 mmHg e/ou 110 mmHg. O fluxo da artéria oftálmica direita foi avaliado antes do início da infusão do MgSO4, e com 10, 30 e 60 minutos após a droga ter sido iniciada. Foram avaliados o índice de pulsatilidade (IP), o índice de resistência (IR) e o peak ratio (PR) ou razão entre os picos de velocidade (RPV) ao ecodoppler ocular. Foram avaliadas pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD) e frequência cardíaca (FC) em todos os momentos da realização do ecodoppler ocular. Os dados colhidos foram submetidos à análise estatística. Foi adotado o nível de significância de 5% para todos os testes estatísticos. Resultados: Foram avaliadas 18 pacientes. Houve aumento dos valores de IR e IP, sem significância estatística, e diminuição estatisticamente significativa do PR após a administração do sulfato de magnésio. Houve diminuição estatisticamente significativa da PAS e da PAD nas avaliações realizadas. Não foi observada alteração estatisticamente significativa da FC. Conclusão: A diminuição do PR reflete um aumento na impedância ao fluxo na artéria oftálmica e, consequentemente, indica redução da perfusão cerebral após o uso do MgSO4. Essa redução pode explicar o mecanismo pelo qual o MgSO4 protege contra injuria cerebral na PE grave, prevenindo as convulsões agudas nessas pacientes, uma vez que a teoria mais aceita atualmente sugere que na PE grave há comprometimento da autorregulação do fluxo sanguíneo cerebral, levando a hiperfluxo, responsável pelo dano cerebral |