Efeitos das intervenções psicomotoras no equilíbrio do idoso com déficit cognitivo leve: quase experimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ferreira, Josélia Braz dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/840
Resumo: Trata-se de um estudo quantitativo com uma abordagem quase experimental, cujo objetivo geral foi analisar os efeitos das atividades psicomotoras para o equilíbrio em idosos com distúrbio cognitivo leve e os objetivos específicos foram identificar o déficit psicomotor nos idosos com Déficit Cognitivo Leve utilizando a Escala Motora para a Terceira Idade (EMTI) e a Escala de Tinetti; implementar atividades e exercícios psicomotores para o idoso com Déficit Cognitivo Leve visando a melhora dos fatores psicomotores com ênfase ao equilíbrio e marcha; comparar as condições psicomotoras dos idosos com Déficit Cognitivo Leve antes e após a implementação de atividades e exercícios psicomotores. A pesquisa foi realizada em um período de 4 (quatro) meses, com início em abril de 2014 e término em julho de 2014. Os sujeitos do estudo foram 43 idosos de duas instituições públicas, na faixa etária entre 64 a 88 anos, 86,04% do sexo feminino. O estudo desenvolveu metas que foram cumpridas de acordo com a Teoria do Alcance de Metas de Imogene King. Foi aplicado o MEEM (Mini Exame do Estado Mental) em todos os idosos para avaliação da memória. Para avaliar os parâmetros motores foi utilizada a Escala Motora para Terceira Idade (EMTI) e para avaliar o Equilíbrio e a Marcha, a Escala de Tinetti; foi utilizado também o Diário de Quedas do Idoso. As escalas foram aplicadas antes e após a implementação das atividades psicomotoras, que foram realizadas durante 10 (dez) sessões. Nos resultados, utilizou-se do software estatístico SAS versão 9.3.1, tal que primeiramente realizou-se uma análise descritiva dos dados, dividindo em primeira medida (primeira avaliação) e segunda medida (segunda avaliação). A avaliação do MEEM mostrou 15 (quinze), 34,88%, dos idosos avaliados apresentaram sinais sugestivos de déficit cognitivo. Resultados relacionados ao desempenho dos idosos nos parâmetros motores Motricidade Fina, Organização Espacial e Organização temporal, tanto na primeira como na segunda medidas apresentaram bons resultados e ficaram na classificação normal médio da EMTI. No entanto, na primeira avaliação, os parâmetros Motricidade Global, obteve média de 34,88 pontos, equivalente a classificação muito inferior; o Esquema Corporal com média de 76,46 pontos correspondeu a classificação inferior; e também o Equilíbrio com média de 79,81 pontos ficou na classificação inferior. Estes resultados corresponderam aos resultados do Equilíbrio e Marcha da Escala de Tinetti, que apresentou 22 (51,16%) idosos com média de 17,22 pontos e ficaram, segundo a escala, com alto risco para quedas. Os resultados destas escalas foram corroborados com os resultados do Diário de Quedas dos Idosos, onde 26 (60,47%) idosos sofreram 52 quedas, sendo que 33 (63,46%) quedas ocorreram por desequilíbrios e 31 (59,62%) quedas foram na rua. Na segunda avaliação após as atividades implementadas, os idosos apresentaram melhores resultados com mudança da classificação de acordo com os escores, exceto a Motricidade Global, que permaneceu na classificação muito inferior. No entanto, o Esquema Corporal mudou para a classificação normal baixo com média de 86,93 pontos, o Equilíbrio mudou da classificação inferior para normal médio com média de 92,37 pontos. O Equilíbrio e marcha da Escala de Tinetti apresentou aumento em seus escores e a maioria dos idosos, 28 (65,11%), ficaram com risco moderado para quedas segundo a escala. Concluiu-se com os resultados na segunda medida, que as metas foram alcançadas e a hipótese de que o exercício de estimulação psicomotora favorece o equilíbrio de idosos com distúrbio cognitivo leve foi confirmada