Análise da frequência da antigenemia pp65 para citomegalovírus em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico internados com suspeita de infecção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Baptista, Katia Lino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CMV
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8237
Resumo: Introdução: Agentes infecciosos estão entre os principais responsáveis pela mortalidade no lúpus eritematoso sistêmico (LES). O citomegalovírus humano (CMV) é um patógeno oportunista frequente em pacientes imunossuprimidos. Diferentemente da medicina de transplante de órgãos, poucos estudos objetivam correlacionar a antigenemia pp65 e o diagnóstico do CMV em pacientes com LES. Objetivo: Analisar, por meio da antigenemia pp65, a frequência da infecção/doença pelo citomegalovírus em uma série de pacientes com LES. Métodos: Uma série de pacientes com LES internados foi selecionada e os pacientes foram divididos em dois grupos. Grupo I: pacientes no início de indução terapêutica da imunossupressão; Grupo II: pacientes com suspeita de infecção relacionada a qualquer agente etiológico, ainda não esclarecida. No Grupo I foi realizado rastreamento ativo, via antigenemia pp65, com início no dia da indução, que se seguiu após 30, 60 e 90 dias. No Grupo II foi realizado também rastreamento com seguimento ativo, a partir do dia da suspeita, e após 15 e 30 dias. O ensaio de antigenemia pp65 para CMV foi realizado a partir do kit reagente comercial CMV turbo Brite, pelo método de imunofluorescência. Resultados: Foram incluídos 29 pacientes (Grupo I = 10; Grupo II = 19) com média de 29,9 ± 11,0 anos (87% mulheres, 83% de cor da pele parda e preta). Nenhum paciente do Grupo I apresentou positividade para o pp65 (0/10). No Grupo II, entretanto, encontramos positividade para a pp65 em 7/19, que são descritos como uma série. Linfopenia foi mais frequente nos pacientes com positividade para antigenemia pp65, assim como elevações na proteína C reativa, LDH e CPK, mas não observamos relações com os índices de atividade, sorologias e tipo de drogas imunossupressoras. Cinco pacientes com antigenemia pp65 positiva receberam terapia antiviral com ganciclovir. Um paciente evoluiu para óbito atribuível a doença citomegálica. Conclusões: Em pacientes com LES e suspeita não esclarecida de infecção não confirmada, a antigenemia pp65 pode ser relevante na prática clínica. Entretanto, estudos mais elaborados e com maior número de pacientes são necessários para que se definam questões como sensibilidade e especificidade da pp65 no contexto de diferentes momentos clínicos de paciente com LES