Tecendo vida no chão da destruição: os desafios do cuidar em cidades racistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Silva, Felipe Fernandes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37600
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo discutir sobre a relação entre os dispositivos manicomiais, a questão racial e a produção das cidades. Entende-se que a questão negra sempre foi para a branquitude um problema de caráter espacial, e que historicamente os hospitais psiquiátricos se tornaram um dos artifícios criados para o combate da liberdade e a vida população negra. Não obstante, veremos como as cidades do pós-abolição da escravatura foram se performando para a exclusão e o genocídio dos corpos negros. O autor se utiliza da sua experiência como acompanhante terapêutico em um CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) do interior do Rio de Janeiro, para evidenciar a importância de um cuidado a partir das vivências territoriais dos usuários, produzindo uma clínica enegrecida que acolhe e potencializa os saberes negros e periféricos. Para demostrar isto, ele traz a experiência própria de soltar pipa em grupo terapêutico como forma de produzir cuidado aos usuários. Com a linha, a pipa e a rabiola, eles conseguem tecer outros caminhos e experiências no chão do racismo da cidade estruturalmente racializada.