A adicção a alimentos ultraprocessados como mediador da relação entre o estresse psicológico associado à pandemia de covid-19 e o comer emocional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Stariolo, Jasmin Bruna
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29366
Resumo: A pandemia de Covid-19 aumentou os níveis de estresse psicológico e, um maior consumo alimentar (comer emocional) passou a ser uma estratégia de enfrentamento (coping) do estresse. Tal consumo alimentar exacerbado pode contribuir para o desenvolvimento a longo prazo de doenças crônicas não transmissíveis como obesidade e diabetes. Esse quadro pode ser ainda mais preocupante ao analisarmos o nível de processamento industrial do alimento (classificação NOVA), uma vez que o consumo de alimentos ultraprocessados pode levar ao desenvolvimento de adicção alimentar. O presente trabalho tem como objetivo identificar se sintomas de adicção a alimentos ultraprocessados atuam como um mediador que explica os mecanismos subjacentes ao aumento do consumo alimentar (comer emocional) como estratégia de enfrentamento do estresse psicológico durante a pandemia de Covid-19. Uma análise de mediação foi aplicada aos dados de 368 estudantes universitários que responderam a um questionário online contendo as seguintes escalas: (1) Coronavirus Stress Measure (2) Emotional Appetite Questionnaire e (3) Modified Yale Food Addiction Scale 2.0. Também foram acessados os alimentos ultraprocessados e in natura/ minimamente processados, segundo a classificação NOVA, consumidos nas últimas 24 horas. Os sintomas de adicção alimentar correlacionou-se positivamente com o consumo de alimentos ultraprocessados (rho=0,121; p=0,01), mas não com o consumo de alimentos in natura/ minimamente processados (rho= -0,009; p=0,85). A análise de mediação mostrou que os sintomas de adicção alimentar não apenas atuam como mediador na relação entre estresse percebido durante a pandemia de Covid-19 e o comer emocional, como é responsável com 70% do efeito. A análise de mediação permitiu observar como políticas públicas que promovam ambientes alimentares mais saudáveis, sustentáveis e acessíveis são fundamentais para frear efeitos deletérios a longo prazo promovidos pelo estresse causado pela pandemia de Covid-19