Mapeamento e caracterização regional dos sistemas de transporte canalizados da margem continental brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira Junior, Esmeraldino Aleluia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23871
Resumo: A utilização de dados batimétricos regionais, abrangendo toda a extensão da margem continental brasileira, e provenientes de diferentes fontes, permitiu caracterizar a morfologia do talude continental e mapear os sistemas turbidíticos de grande porte existentes em dita margem. O objetivo desse trabalho é entender como estão distribuídos os sistemas turbiditicos de grande porte da margem continental brasileira e como ocorre a transferência de sedimentos através deles. Desde o Amapá até o Rio Grande do Sul, o talude continental ocupa uma área de 325.743 km². Com base nas informações batimétricas foram identificados 4 tipos básicos de perfil de talude continental: Côncavo, convexo, misto e linear, que por sua vez foram usados como base para uma classificação regional do talude. Na escala regional da margem Brasileira, um total de 431 cânions submarinos no talude e 19 fora dele foram identificados e então agrupados em 8 áreas de captação, ou bacias, regionais de drenagens submarinas. A margem leste Brasileira, entre o banco Royal Charlotte e o platô do Rio Grande do Norte, é aquela que apresenta a maior concentração de grandes cabeceiras de cânions, 8 no total. Cinco regiões da margem são acompanhadas de redes de canais submarinos bem desenvolvidas que fluem em direção às planícies abissais adjacentes. Sete canais oceânicos profundos perpendiculares à margem foram identificados em profundidades maiores que 4000m. A integração das redes de drenagens continentais com as redes preferenciais de condução sedimentar mapeadas neste estudo (Cânions, Canais Submarinos e Canais Oceânicos Profundos) revelam que em condições favoráveis de nível de base e com tempo geológico suficiente, tais redes de dispersão são capazes de transferir sedimentos dos sistemas continentais e costeiros para as bacias oceânicas situadas em águas ultraprofundas (> 4000 m).