Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Paiva, Thayenne Roberta Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11601
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Resumo: |
Esta dissertação reflete sobre o conceito de metaficção em duas etapas. A primeira etapa, teórica, situa o conceito no contexto da história da literatura, especialmente no que diz respeito a sua proximidade com o Realismo e com o romance histórico (ambos originários do século XIX). Entenderemos o lugar da metaficção em dois momentos selecionados da crise de representação: o surgimento das narrativas romanescas de fluxo de consciência (a partir do século XX) e a ascensão da pós-verdade (a partir do ano 2000). Este é o fundamento da compreensão do posicionamento da metaficção no século XXI diante do irracionalismo da pós-verdade, ao focar-se sobre o compromisso da palavra, isto é, sobre o pacto de leitura como o seu lugar de resistência. A segunda etapa, metodológica, analisa os aspectos metaficcionais em dois romances contemporâneos franceses: HHhH, de Laurent Binet e Charlotte, de David Foenkinos. Tais romances situam seu contexto histórico na Segunda Guerra Mundial. Em HHhH, Binet narrativiza a vida do oficial nazista Reinhard Heydrich e a organização da Operação Antropóide, centrando sua narrativa na importância dos paraquedistas Gabcìk e Jan Kubiš no atentado que tirou a vida de Heydrich. Já em Charlotte, Foenkinos romanceia a vida da pintora alemã judia Charlotte Salomon, morta aos 26 anos nas câmaras de gás no campo de concentração de Auschwitz. Para os dois romances, sustentaremos o estabelecimento de um pacto metaficcional entre autor e leitor, por meio de uma ética narrativizada da recuperação da historicidade pela via do ficcional no evento pretérito. A finalidade do pacto é fazer o leitor repensar o seu lugar no mundo e de compreender a importância que a preservação da memória histórica possui também para a ficção |