Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Magalhães, Cristiane Rocha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/4583
|
Resumo: |
O câncer é responsável por mais de 12% de todas as mortes no mundo: mais de sete milhões de pessoas morrem anualmente dessa doença. Dentre as neoplasias primárias do fígado, o carcinoma hepatocelular (CHC) ou hepatocarcinoma é a mais frequente. No Brasil, este tipo de câncer foi a sexta causa de morte por neoplasia nos últimos 10 anos. Este estudo teve como objetivo determinar as características clínicas e epidemiológicas dos pacientes portadores de CHC atendidos de janeiro de 2011 a dezembro de 2015 no ambulatório de Hepatologia de um Hospital Federal na Cidade do Rio de Janeiro. Foram coletados os dados referentes ao perfil clínico e epidemiológico, ao tratamento e à evolução clínica da doença. O processamento e a análise dos dados foram feitos através dos programas Excel e SPSS 20.0. Dos 326 pacientes, 231 eram homens (70,9%) e 212 de cor branca (65%). O Índice de Massa Corporal (IMC) médio foi de 25,96 (± 4,37). A média de idade ao diagnóstico foi de 62,8 anos. A causa mais frequente de CHC foi a infecção pelo Vírus da Hepatite C (65,6%) seguida por alcoolismo (9,2%), por doença hepática não alcoólica (DHGNA) (9,2%) e pela infecção pelo Vírus da Hepatite B (8,9%). A cirrose já estava presente em 94,5% dos pacientes. De acordo com a função hepática, a maior parte dos pacientes foi classificada como Child A (62,6%) ou B (33,4%). Em relação à classificação pelo Barcelona-Clinic Liver Cancer (BCLC), 135 tiveram seu diagnóstico de CHC ainda na fase inicial da doença: 21 pacientes foram classificados como BCLC 0 e 114 como BCLC A. Cento e quatro pacientes foram classificados como BCLC B e 73 como BCLC C. Quatorze pacientes estavam em estágio terminal (BCLC D) quando o CHC foi diagnosticado. Oitenta pacientes (24,5%) apresentavam cinco ou mais lesões tumorais e em 109 pacientes a lesão de maior tamanho tinha mais que 5 cm de diâmetro. A maior parte dos pacientes foi submetida a pelo menos um tipo de intervenção terapêutica, sendo a TACE (53%) e o sorafenibe (40,2%) as mais frequentes. De 114 pacientes com indicação de transplante hepático (35%), dentro do Critério de Milão, 44 já tinham sido transplantados ao final do estudo. Das 180 mortes registradas, 154 foram por progressão da doença, 12 ocorreram por intercorrências causadas por algum dos tratamentos para o CHC, e 14 não tiveram qualquer relação com o CHC. Concluímos que os pacientes com CHC atendidos no hospital estudado são, em sua maioria, homens, brancos, com sobrepeso, maiores de 60 anos e cirróticos por infecção pelo VHC. A maior parte dos pacientes chegou ao centro de referência em estágio inicial (BCLC A), com uma função hepática ainda preservada (Child A) no momento do diagnóstico, possibilitando a escolha do tratamento mais adequado. Apesar de a maior parte dos pacientes ter sido submetida a TACE e/ou tratamento com sorafenibe, aproximadamente 1/3 dos pacientes puderam ter opções curativas como tratamento inicial |