Coletivos negros universitários: agentes e agendas antirracistas na Universidade Federal Fluminense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nascimento, Lucas Ferreira do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/30292
Resumo: A década de 1970 é entendida como período de (re)surgimento do movimento negro contemporâneo. Ratts (2009) aponta a atuação política e a formação de novos grupos do movimento social negro dentro das universidades, denominados de “movimento negro de base acadêmica”, essenciais para os debates acerca da formulação da política de reserva de vagas institucionalizada em 2012 pela Lei 12.711. Este trabalho estuda as formas mais contemporâneas de organização e linguagem dos novos agentes que são os Coletivos Negros Universitários (CNU), bem como a construção de uma agenda antirracista conectada pela luta em defesa de Ações Afirmativas pelos coletivos negros da Universidade Federal Fluminense (UFF). Entendemos que os CNU fazem parte de uma nova expressão do movimento social negro, tendo suas ações políticas perpassadas pelo movimento negro “tradicional” e o “feminismo negro”, e pela horizontalidade nas decisões e o emprego de espaços mais atuais de organização (GUIMARÃES, RIOS e SOTERO, 2020). Para a reconstituição da história e das ações dos CNU na UFF, utilizamos a metodologia documental, através de diversas fontes de pesquisa como revisão bibliográfica, análise de documentos e coleta de dados pelas redes sociais, dando uma atenção especial a materiais que anteriormente não foram analisados criticamente. Os principais achados dizem respeito à multiplicidade e à complexidade da ação dos CNU na UFF, demonstrando que na caminhada da luta pelas Ações Afirmativas (AA), outras lutas se travaram, dentre elas as lutas pela permanência, contra fraude nas cotas, pela heteroidentificação, contra o epistemicídio e pelo acesso qualificado.