Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
De Luca, Beatriz Gouvêa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/34017
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Resumo: |
Introdução: O bisfenol, um plastificante presente no meio ambiente, é considerado um desregulador endócrino e pode contribuir para o desenvolvimento da obesidade, doença multifatorial e complexa. Após ter sido comprovado como contaminante ambiental, o bisfenol A (BPA) vem sendo substituído pelo bisfenol S (BPS), que também apresenta características químicas de desregulador endócrino. O trato gastrointestinal pode ser o primeiro local de inflamação induzida por dietas e desreguladores endócrinos mesmo antes de outros órgãos. A hipótese deste trabalho é que BPS é capaz de acentuar alterações morfológicas no cólon de camundongos controle e camundongos obesos. Objetivo: Analisar as alterações plasmáticas e morfológicas da exposição a BPS sobre o cólon de camundongos alimentados com dieta controle e dieta hiperlipídica. Metodologia: Foram utilizados 48 camundongos C57BL/6 machos adultos divididos em quatro grupos (n=12/grupo): a) SC: animais alimentados com dieta padrão; b) SCB25: dieta padrão e administração de BPS (25μg/kg de massa corporal/dia); c) HF: animais alimentados com dieta hiperlipídica; d) HFB25: dieta hiperlipídica e administração de BPS (25μg/kg de massa corporal/dia). Foram avaliados ao longo do protocolo a ingestão alimentar, hídrica e energética e a massa corporal por 12 semanas. Após a eutanásia, sangue foi coletado por punção cardíaca para posteriores análises plasmáticas e o cólon foi dissecado e armazenado para processamento histológico e imuno-histoquímica. Resultados: O BPS promoveu ganho de massa corporal, aumento na concentração da glicemia de jejum, colesterol e no índice de adiposidade nos animais expostos. Além disso, observamos a diminuição do comprimento intestinal, das criptas intestinais, das células caliciformes, da expressão de ocludina e aumento da secreção de serotonina e de ZO-1 nestes animais. O grupo HF, quando comparado ao grupo SC, apresentou aumento da massa corporal, da ingestão alimentar, hídrica e energética, índice de adiposidade, glicemia de jejum, triglicerídeos, colesterol e diminuição no número de pellets fecais. Houve diminuição do comprimento intestinal, das criptas intestinais, de células caliciformes e aumento da secreção de serotonina e da expressão de claudina-2. Quando comparado ao SCB, foi observado aumento da massa corporal, da ingestão alimentar, hídrica e energética, do índice de adiposidade, triglicerídeos, colesterol, além de aumento das células secretoras de serotonina, claudina-2 e ocludina e diminuição das células caliciformes. No grupo HFB houve diminuição do comprimento intestinal, criptas intestinais, células caliciformes e ocludina quando comparado apenas ao SC. Ao compararmos com o SC e SCB, observamos aumento da massa corporal, da ingestão alimentar, hídrica e energética, índice de adiposidade, glicemia de jejum, triglicerídeos, colesterol, secreção de serotonina e expressão de claudina 2. Quando comparado apenas ao grupo SCB houve aumento das células caliciformes e da expressão de ocludina. Quando comparado ao grupo HF, observamos aumento da glicemia de jejum e diminuição do colesterol e da expressão de ocludina. Conclusão: A exposição ao BPS foi capaz de induzir o aumento da massa corporal, do colesterol e da glicemia de jejum nos animais alimentados com uma dieta padrão. No intestino, o BPS, assim como a dieta HF, causou diminuição das criptas intestinais, células caliciformes, aumento da secreção de serotonina e alteração na distribuição das proteínas de barreira. |