Adesivo experimental para colagem ortodôntica contendo monômero de quaternário de amônio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Loss, Tatiana Féres Assad
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23311
Resumo: As lesões de mancha branca são consequências comuns e esteticamente desagradáveis do tratamento ortodôntico devido à dificuldade de higienização ao redor dos acessórios colados ao esmalte dentário que facilitam o acúmulo de biofilme bacteriano. Um sistema adesivo com propriedades antimicrobianas pode ser um auxiliar interessante na prevenção da mancha branca em pacientes submetidos ao tratamento ortodôntico. Objetivo: Comparar adesivos experimentais para colagem ortodôntica contendo dois tipos de monômeros de metacrilatos contendo sais de amônio quaternário com cadeias de 12 carbonos, DMADDM e com cadeia de 16 carbonos, DMAHDM, em diferentes concentrações ao adesivo Transbond XT e ao adesivo experimental sem adição de monômero. Material e Método: A fase 1 do estudo comparou adesivos experimentais contendo os monômeros DMADDM a 5% e DMAHDM 10% em relação a atividade antimicrobiana, a resistência de união ao cisalhamento imediatamente e após 6 meses de armazenamento em água, o grau de conversão e a citotoxicidade contra queratinócitos. A fase 2 comparou a atividade antimicrobiana, o grau de conversão e a citotoxicidade contra queratinócitos e fibroblastos gengivais dos monômeros DMADDM a 1, 2.5 e 5% e DMAHDM a 1, 2.5 e 5% adicionados ao adesivo experimental. Ambas as fases compararam os adesivos experimentais a um adesivo ortodôntico comercial (Transbond XT) e ao adesivo experimental sem adição de monômero. Resultados: A adição de DMADDM a 5% e DMAHDM a 10% ao adesivo experimental não alterou a resistência de união dos adesivos experimentais que permaneceu adequada a colagem ortodôntica (12,9 MPa a 15,2 Mpa) mesmo após 6 meses de armazenamento em água (22,3 MPa a 23,6 Mpa); não alterou o grau de conversão (valores acima de 70%) quando comparado ao adesivo comercial, porém, a viabilidade celular foi inferior a 50% nos adesivos experimentais. Na fase 2 a atividade antibacteriana contra formação de biofilme foi observada apenas no grupo do adesivo experimental contendo DMAHDM a 5%; a incorporação dos 2 monômeros em todas as concentrações não influenciou no grau de conversão dos adesivos experimentais; a citotoxicidade contra queratinócitos foialta para todas as concentrações de ambos os monômeros embora a viabilidade celular tenha sido superior a 70% no ensaio de citotoxicidade contra fibroblastos gengivais. Conclusão: Os monômeros nas concentrações testadas nas duas fases do estudo não alteraram as propriedades mecânicas e físicas testadas. A viabilidade de queratinócitos foi inferior a 70% em todos os grupos experimentais nas duas fases enquanto todas as concentrações testadas na fase 2 proporcionaram viabilidade dos fibroblastos superior a 70%. O monômero DMAHDM apresenta atividade antibacteriana na concentração de 5% e não é citotóxico aos fibroblastos gengivais. Contudo, mais estudos são necessários para esclarecer a duração do efeito antimicrobiano e a prevenção de lesão de cárie após colagem de bráquetes.