Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, João Cerineu Leite de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/30626
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Resumo: |
O Estado Ocidental Europeu do final da Idade Média é visto por algumas linhas historiográficas como uma preparação da estrutura estatal moderna identificada com o que se convencionou chamar de Absolutismo. Com base em tal perspectiva de cunho estadualista, os reinos europeus tardo-medievais são, em diversas ocasiões, interpretados como mecanismos políticos altamente centralizados, ou em vias de uma centralização extremamente burocratizada e racional. Dentro desse panorama, Portugal constitui referência de destaque, sendo muitas vezes apontado como um reino plenamente centralizado ainda antes da alvorada da Modernidade. Rejeita-se, nessa dissertação, tal linha interpretativa. A consideração das peculiaridades jurídicas e políticas da sociedade medieval portuguesa dos séculos XIV e XV, em especial a partir do chamado Interregno (1383-1385) e da ascensão da segunda dinastia no reino de Portugal, a avisina, apóia-se em uma ótica que valoriza o contexto com o qual a nova linhagem dinástica precisou lidar em um momento de profunda crise sócio-política. Em uma tarefa ambígua de concentração de poderes em torno da instituição monárquica e de reforço e manutenção da estrutura social nobiliárquica da sociedade, privilegiaram-se os aspectos relativos ao controle da violência legítima e da prática militar na estrutura estatal do Portugal quatrocentista.Através da análise de literatura jurídica Ordenações do Reino, registros de Cortes e Chancelarias Régias e da produção político-moral do período, procurou-se a compreensão da forma pela qual as tensões e as condições conjunturais conjugaram-se na definição do perfil da estrutura estatal portuguesa nas primeiras décadas do século XV |