Gerenciando o cuidado diante das interações de medicamentos de alta vigilância no centro de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cortes, Ana Laura Biral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6149
Resumo: Os pacientes internados em setores de terapia intensiva geralmente recebem tratamento para múltiplas patologias. Com isso, pode ocorrer o advento da polifarmácia, entre as consequências surgem as interações medicamentosas; que, podem associar-se a eventos adversos a este indivíduo. Considera-se importante conhecer a ocorrência destas interações a fim de adotar ações de manejo clínico que possibilitem ao profissional de saúde atuar de forma mais adequada no que diz respeito à segurança do paciente. Assim, o objetivo geral deste estudo é analisar as potenciais Interações medicamentosas relacionadas ao uso de medicamentos de alta vigilância (MAV) em pacientes do centro de tratamento intensivo. Metodologia: Este é um estudo transversal, retrospectivo de abordagem quantitativa, realizado no Hospital Universitário Antônio Pedro. A pesquisa apoiou-se na análise das prescrições de pacientes internados no CTI do Hospital, no período de 1 ano (2014-2015) a fim de identificar as interações medicamentosas relacionadas aos MAV recorrentes nas mesmas. Foram analisadas as prescrições medicamentosas diárias, selecionando-se para discussão as possíveis interações que envolvessem ao menos um MAV, administrado por quaisquer vias. Resultados: Dos 60 prontuários analisados, selecionaram-se 244 prescrições medicamentosas. Nas 244 prescrições medicamentosas foram identificadas 846 interações medicamentosas potenciais (IMP) relacionadas aos MAV. Foram identificados 33MAV. Os principais MAV envolvidos nas IMP foram: insulina regular, que participou de 251 interações potenciais; midazolam, que participou de 196 IMP; fentanil, ligado a 171 IMP e por fim o tramadol, relacionado a 150 interações medicamentosas. Dos 112 tipos de IMP identificadas, algumas foram mais recorrentes; a saber: tramadol e ondansetrona, midazolam e omeprazol, insulina regular e hidrocortisona, fentanil e midazolam, e insulina regular e noradrenalina.As variáveis polifarmácia, tempo de internação e alguns medicamentos específicos, a saber, Fentanil, Midazolam, Noradrenalina, Insulina regular, Amiodarona IV, Tramadol e Fosfato de K; apresentaram associação significativa com as interações medicamentosas potenciais (IMP). Este estudo encontrou algumas limitações em sua realização. O número de participantes foi relativamente baixo, apesar de obterem-se bastantes prescrições. Salienta-se ainda que alguns fármacos, bamifilina, dipirona, bromoprida, glicose a 50%, fenoterol, AD elemet, domperidona e deslanosídeo; não foram identificados no software micromedex por isso não foram consideradas as possíveis IM envolvendo os mesmos. Conclusão: Por fim, a partir da análise com amostra selecionada, a hipótese do estudo, de que pacientes internados no Centro de Terapia Intensiva que usam um maior número de medicamentos, apresentam maior risco de desenvolverem interações medicamentosas com os MAV, foi confirmada