Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Mário Henrique Bravo de Almeida |
Orientador(a): |
Melo, Enirtes Caetano Prates |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24086
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Resumo: |
Os eventos adversos produzidos pelas interações medicamentosas agravam o quadro clínico de pacientes internados na terapia intensiva. Assim, esta dissertação tem como objetivo geral avaliar a influência de fatores sociodemográficos e clínicos na ocorrência de interações medicamentosas potenciais e de eventos adversos a medicamentos em uma coorte de 355 pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva de um hospital universitário no Rio de Janeiro, no período de 1º de agosto de 2011 a 31 de julho de 2012. O estudo é realizado em cinco fases. Nas duas primeiras fases, três enfermeiros identificaram eventos adversos a medicamentos por meio do método adaptado de critérios de rastreamento baseado no Institute of Healthcare Improvement e consenso de especialistas. Na terceira fase, os dados das prescrições médicas são padronizados segundo os nomes dos fármacos. Na quarta fase, as interações medicamentosas potenciais são identificadas e classificadas empregando o programa computacional Micromedex Drug Reax. Na quinta fase é realizada a busca em prontuário dos pacientes para identificar eventos adversos a medicamentos associados às interações medicamentosas potenciais. Os dados são analisados empregando análise descritiva, binomial negativa e análise de sobrevivência. Dos pacientes, 263 (74%) estão expostos a pelo menos uma interação medicamentosa potencial. Identificadas 6652 interações potenciais de 341 combinações diferentes em 2924 (72,7%) prescrições. As interações medicamentosas moderadas, com bom nível de evidência, de mecanismo farmacocinético e tempo de aparecimento do evento tardio são frequentes. 6,8% dos pacientes tiveram eventos adversos relacionados a interações medicamentosas, com uma taxa de incidência de 8,9 eventos por 1000 pacientes-dia. Dos pacientes, 64 (18%) apresentam eventos adversos a medicamentos. A razão da densidade de incidência da interação medicamentosa potencial não mostrou associado à ocorrência de eventos adversos a medicamentos. Avaliando o tempo até a ocorrência do primeiro evento adverso a medicamento, pacientes com duas ou mais interações medicamentosas potenciais possuem sobrerisco elevado (171%) de desenvolver o primeiro evento adverso a medicamento. De acordo com regressão múltipla de Cox, pacientes expostos a interações medicamentosas potenciais mostraram-se associados com o tempo de permanência dos pacientes na terapia intensiva. Os resultados deste estudo revelam a importância de se monitorar os pacientes na terapia intensiva quanto a identificação de eventos adversos produzidos por interações medicamentosas. |