Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Santos, Luis Felipe Martins dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/8959
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Resumo: |
No que tange às diferentes formas de acesso aos serviços de saúde, os Serviços de Pronto Atendimento, notadamente o hospitalar, ainda representam importante porta de entrada para o usuário e as recentes intervenções no setor saúde ainda não alteraram significativamente esse quadro. Embora a atenção à urgência se dê em diferentes tipos de unidade, é nos hospitais que os problemas do setor afloram de maneira inequívoca e no Rio de Janeiro este cenário se mostra exacerbado. Neste contexto, diversas intervenções foram propostas para resolver os problemas da rede de urgência, e dentre estas destacamos a implantação do Acolhimento com Classificação de Risco, cuja proposta é organizar o fluxo de pacientes que passam pelos serviços de urgência hospitalar, priorizando o atendimento e diminuindo a superlotação dos serviços ao melhorar a sua eficiência. O presente trabalho se propõe a analisar a implantação do Acolhimento com Classificação de Risco em uma unidade hospitalar, buscando compreender as condições de implantação, os processos de produção dos efeitos e a extensão da intervenção em foco na unidade hospitalar. Para tanto, lançaremos mão de uma pesquisa avaliativa, com análise de implantação da intervenção, por meio de um estudo de caso. A unidade escolhida foi o Hospital Estadual Carlos Chagas (HECC), uma unidade hospitalar de nível terciário, com serviço de emergência aberta à demanda espontânea, localizado no município do Rio de Janeiro - RJ. Dada a proposta do Acolhimento com Classificação de Risco, que é o ordenamento dos serviços de emergência, possibilitando a criação de fluxos mais eficientes, e considerando seus componentes e a extensão e operacionalização dos processos já instalados, concluímos que sua implantação é um fato consumado, cabendo, entretanto, algumas considerações oriundas de nossa análise. A implantação da ferramenta Classificação de Risco mostra-se insatisfatória. A despeito da recomendação do Ministério da Saúde para que as unidades construam seus próprios protocolos de avaliação clínica, tal fato ainda não se verificou. A documentação acerca do assunto, já bastante reduzida em número, é excessivamente vaga, orientando a elaborar uma ferramenta cuja utilização não é apontada claramente. Ainda encontramos protocolos vagos e incompletos, que deixam muito ao olhar clínico, à subjetividade, do examinador. A rede assistencial ainda não se mostra suficiente para a demanda gerada pela aplicação da ferramenta, especialmente nos níveis de menor complexidade. Isso dificulta sobremaneira o acesso aos serviços. As equipes ainda não se encontram em situação satisfatória de capacitação e padronização, o que acontece em grande parte pela volatilidade dos recursos humanos. A questão da padronização extrapola os limites da unidade de forma que um usuário referenciado possa chegar em outra unidade com dados clínicos confiáveis. Para terminar, reforçamos a importância de adotar protocolos definidos, que reflitam o perfil do hospital, e de dar o devido treinamento às equipes envolvidas. Apenas a definição dos protocolos não é suficiente para permitir à Classificação de Risco alcançar todo seu potencial como ferramenta organizadora de fluxos. É vital que estes possam fluir a favor do usuário, garantindo uma rede assistencial de qualidade |