ACOLHIMENTO COM AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM UM SERVIÇO DE URGÊNCIA HOSPITALAR.
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/2944 |
Resumo: | A crescente demanda e a insuficiente estruturação da rede de atenção às urgências hospitalares têm contribuído para a sobrecarga destes serviços, transformando-os em uma das áreas mais problemática do sistema de saúde brasileiro. Entre as diretrizes propostas pelas políticas públicas brasileiras para solução desta problemática destaca-se o Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco. Neste contexto, optou-se por desenvolver um estudo de caso qualitativo com o objetivo de descrever a perspectiva de usuários e enfermeiros sobre o Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco em um serviço de urgência e emergência hospitalar em Goiânia, Goiás. Participaram 19 enfermeiros e 21 usuários. Os dados foram coletados de novembro de 2010 a abril de 2011, por meio de observação direta e entrevistas semi-estruturadas. A partir da análise e interpretação dos dados, constatou-se que os sentidos atribuídos pelos participantes para a implementação do acolhimento com avaliação e classificação de risco relacionaram-se à transformação do modelo assistencial e aos limites e desafios para o serviço de urgência. Os participantes mencionaram que antes da implantação deste protocolo, o serviço de urgência e emergência hospitalar era caracterizado por longas filas de espera, superlotação, desorganização do fluxo de atendimento, pessoas que morriam na fila. A demora no atendimento, a baixa resolutividade, a falta de atendimento condizente às necessidades dos usuários e a sobrecarga de trabalho foram mencionados como fatores geradores de frustração não apenas para os usuários, mas também para os enfermeiros. As mudanças foram percebidas de modo positivo e estiveram relacionadas à organização do serviço, ao tipo de atendimento, à eficiência da equipe e, conseqüentemente, à melhor atenção ao usuário. Os limites e desafios para implementação do protocolo referem-se à promoção do efetivo acolhimento que envolve tempo, maior disponibilidade para ver, ouvir e informar o usuário. Os enfermeiros destacaram a necessidade do processo de educação continuada para o aprimoramento de competências e habilidades técnicas (avaliação com classificação de risco) e humanas (acolhimento) para cuidar. Entre as dificuldades mencionaram a falta de resolutividade do serviço de urgência pré-hospitalar fixo (atenção básica), o que prejudica o encaminhamento resolutivo para a rede básica de urgência (contra-referência). Os resultados sugerem que o protocolo trouxe organização e definição do acesso ao serviço por nível de prioridade. No entanto, ainda são muitos os desafios para o acolhimento e a humanização do cuidar de pessoas que requerem atendimento de urgência no âmbito hospitalar e pré-hospitalar. |