A cidade como estirpe: literatura e outras artes no percurso autobiográfico de Mário Cláudio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Costa, Mariana Caser da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24919
Resumo: Este trabalho se propõe a analisar quatro obras de Mário Cláudio tecidas, de modo mais explícito, ao redor da casa familiar do escritor. A Quinta das Virtudes, Tocata para dois clarins e O Pórtico da Glória, romances publicados na década de 1990, compõem o que pode ser denominado de trilogia familiar, por se voltarem, respectivamente, à reconstituição das memórias de parentes de quarto, primeiro e terceiro graus do artista. O Norte de Portugal, especialmente a cidade natal do escritor, o Porto, é o território onde essas narrativas se desenrolam. Em tais obras, o burgo se revela como integrante da estirpe de Mário Cláudio, já que, mais que pano de fundo dos romances, é desse cenário setentrional que emergem, além do escritor, história, memória, imagens, outros artistas e obras de arte. Portanto, Meu Porto (2001) será tomado como chave de leitura para a compreensão da cidade como presença imagética e de inspiração artística a circular pelo recorte literário desta tese. Por fim, a partir das imagens que se destacam no referido corpus, que compõe o que aqui denominamos de percurso autobiográfico do escritor – imagens da cidade, imagens resgatadas pela memória e imagens oriundas de outras linguagens artísticas, além da própria literatura –, pretende-se verificar, nas relações interartísticas que a obra de Mário Cláudio suscita, o caráter visual de seu texto, que, no caso deste percurso, constitui, afinal, um álbum familiar que se dá a ver pela leitura.