Linguagens entrecruzadas num espaço modulado ou neobarroco em A fuga para o Egipto, Gémeo e Amadeo, de Mário Cláudio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Sousa, Lúcia Melo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9783
Resumo: Este trabalho tem como principal objetivo desenvolver uma análise de uma novela e de dois romances de Mário Cláudio: A Fuga para o Egipto, Gémeos e Amadeo, respectivamente, concebidos dentro de um projeto de escrita arquitetada num espaço biográfico modulado - espaço que se apresenta mais do que um simples e puro intertexto com o gênero biográfico, apropriando deste como uma forma, um projeto ficcional. A análise traz para discussão o diálogo interartes, bem como, a partir dele, um profícuo questionamento acerca das fronteiras entre os gêneros biografia, autobiografia, romance e ensaio crítico de arte. Ao problematizar as fronteiras genéricas, os textos de Mário Cláudio promovem um contínuo deslocamento de formas, pois, ao torná-las ambíguas, porosas, instauram, pelo ludismo formal, o ludismo do conteúdo. Assim, o projeto de escrita de Mário Cláudio, corporificado num espaço biográfico, se assemelharia às formas culturais contemporâneas que alguns críticos como Severo Sarduy e Omar Calabrese denominaram de neobarrocas. Nesta forma modulada, o escritor empreende uma escrita em que se articula um duplo movimento: o criativo e o crítico. Sem dúvida, os textos marioclaudianos irão trazer uma rica contribuição para os estudos estéticos como, por exemplo, o estudo do valor do objeto artístico e do artista de uma forma geral