Clínica do espaço: infância, autismo e cartografia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Almeida, Pedro Rodrigues de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37450
Resumo: Esta tese busca discutir a relação e o uso do espaço na clínica, abordando de maneira crítica o espaço físico, o espaço institucional e o uso de metáforas espaciais para representar a subjetividade. Este último, em especial, incide em grande parte na clínica do autismo fazendo surgir representações como fortaleza, concha, buraco negro, entre outras, que situam o autismo no lugar de um fechamento. Esse fechamento não reflete apenas o estado patológico destas crianças, mas indica uma marca manicomial nos saberes da clínica. Assim, explorando um uso crítico do espaço, recorremos à estratégia de desinstitucionalização e decolonialidade para pensar a relação entre clínica e espaço, infância e autismo, a partir da prática da cartografia. Apoiada na trajetória de Fernand Deligny, a tese toma os trajetos das crianças autistas como guias para reversão clínico-política, formulando a abordagem crítica da clínica, tecendo o cuidado não pela via simbólica, mas por modos de espacialização. Isso permitirá formular o primado do espaço em relação à subjetividade, mostrando como é a espacialidade do gesto e os modos de agir que permitem a produção de uma saúde fora do simbólico, o espaço tendo primado em relação à linguagem. A tese apresenta então este outro uso do espaço que não diz respeito apenas às crianças autistas, mas sim ao humano. Este, por sua vez, não é universal, mas experimenta permanentemente o devir através dos modos de espacialização. Desta maneira, é a criança autista e a cartografia que apresentam este outro modo de ser fora da linguagem.