Fotografia de escola e na escola: por uma semiótica com base na estética bakhtiniana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Araujo, Angélica Duarte da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32526
Resumo: Vinculada a uma perspectiva da filosofia da linguagem de Mikhail Bakhtin e seu Círculo, bem como de estudiosos contemporâneos que se ocupam da semiótica como capacidade de ler os signos da realidade para se ocupar de sua compreensão e transformação, esta tese busca discutir criticamen- te os sentidos da escola brasileira, a partir da atenção à sua afiguração no que chamamos de Fotografias de Escola. Tomando, a partir das referências assumidas, a fotografia como texto, construímos um percurso interpreta- tivo de modo a nos alinharmos às perspectivas estéticas que consideram a fotografia como um enunciado, que se dá em gêneros, no conjunto da linguagem, e deste lugar compreender a afiguração fotográfica da escola, ao longo dos anos e na contemporaneidade. Praticamos o que Bakhtin convencionou chamar de heterociência, ou seja, uma ciência humana que tem no centro um sujeito do ato responsável, sendo nossa tarefa a da escuta de suas enunciações, em diálogo com as nossas próprias, em um encontro de consciências. A problemática da compreensão da escola via sua afiguração na linguagem fotográfica demandou a criação de uma metódica semiótica a partir da consideração dos aportes bakhtinianos sobre a estética, para ir- mos além da mera descrição das fotografias. Ao construirmos uma propos- ta semiótica, empreendemos a sua leitura em dois momentos: inicialmente lemos as fotografias de escola enviadas por sujeitos em arco temporal de aproximadamente sessenta anos (1961-2023), criando categorias de leitura e as articulando entre si, buscando o valor de ser humano e mundo que essas afigurações produzem. Compreendendo dessa forma o valor humano e de mundo que as fotografias enformam, podemos ver afigurados os sen- tidos da escola que nelas são produzidos. Indo além, no segundo momento produzimos um trabalho de fotografias na escola, em que jovens estudan- tes buscaram enunciar a sua instituição (Universidade Federal Fluminense), a partir dos valores que discutiram e enformaram, enquanto conteúdos ideológicos com acabamento fotográfico. Concluímos com a viabilidade e necessidade da compreensão respondente aos sentidos escolarizados que permeiam as instituições – escolar e universitária – a partir de uma visão crítica e semiótica das afigurações tornados objetos estéticos (Bakhtin, 2002), atos estéticos de sujeitos posicionados ideologicamente na cultura da qual participam.