Polimorfismos nos genes de interleucinas e seus receptores como biomarcadores de qualidade de vida relacionada à saúde bucal em atletas paralímpicos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Marques, Rodrigo Von Held
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22436
Resumo: O esporte é importante para promoção de saúde e melhoria na qualidade de vida, além de ser uma maneira eficiente para promover a inclusão social de pessoas com deficiência. Uma saúde bucal precária pode afetar diretamente o desempenho do atleta. Sua prevenção é um desafio. Muitas das alterações bucais são influenciadas por fatores ambientais e microbiológicos, entretanto, o background genético do indivíduo também contribui para tal. Os objetivos desta dissertação foram avaliar o impacto das doenças bucais na QVRSB dos atletas paralímpicos e avaliar se a interleucina 1 alfa (IL1A), interleucina 10 (IL10) e antagonista do receptor da interleucina 1 (IL1RN) são potenciais biomarcadores para QVRSB em atletas paralímpicos. Foi realizado um estudo transversal, composto por 264 atletas paralímpicos (atletismo: 143; levantamento de peso: 61; e natação: 60). Utilizou-se o índice de dentes cariados, perdidos e obturados (CPOD) para a avaliação clínica do estado de saúde bucal. A versão brasileira do Oral Health Impact Profile (OHIP-14) foi utilizada para avaliar a QVRSB. O ácido desoxirribonucleico (DNA) para a análise molecular foi extraído através da saliva. Os polimorfismos genéticos nos genes IL1A (rs17561, rs1304037), IL10 (rs1800871) e IL1RN (rs9005) foram analisados por reação em cadeia da polimerase em tempo real. Analisaram-se os dados no software Statistical Package for the Social Sciences version 23.0. Análises descritivas e bivariadas foram realizadas. A pontuação média geral do OHIP-14 observada foi de 10,03 (desvio padrão: 8,11) e a mediana foi de 8 (variação de 4 a 15) em atletas paralímpicos com experiência de cárie. Em relação aos domínios, atletas paralímpicos com experiência de cárie apresentaram pior QVRSB na escala total (p = 0,002); limitação funcional (p = 0,020), dor física (p = 0,024), desconforto psicológico (p = 0,027), incapacidade física (p = 0,045), incapacidade psicológica (p = 0,005) e deficiência (p = 0,017) com diferença estatisticamente significativas comparadas ao grupo controle. Atletas paralímpicos com o alelo A no gene IL1A (rs17561), em um modelo dominante, apresentaram um risco significativamente maior de pior desconforto psicológico do que aqueles com o outro alelo (p = 0,03). As doenças bucais, avaliadas pelo índice CPOD, afetaram a QVRSB em atletas paralímpicos. Conclui-se que polimorfismos genéticos da IL1A podem ser biomarcadores potenciais para a QVRSB em atletas paralímpicos.