Determinação da presa de cimentos obturadores endodônticos usando um novo modelo experimental animal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Kherlakian, Iracema Cabral Ehrhardt
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33595
Resumo: Os cimentos à base de Silicato foram introduzidos na endodontia basicamente como cimentos de reparo e obturadores na expectativa de um material com as propriedades positivas do MTA (Agregado Trióxido Mineral) superando sua dificuldade de manipulação sem perder as propriedades biocompatíveis. Eles apresentam propriedades favoráveis como pH alcalino, atividade antibacteriana, radiopacidade, biocompatibilidade e estabilidade dimensional. A despeito dessas vantagens, muitas questões ainda não foram respondidas quanto ao seu desempenho clínico e necessitam de metodologia apropriada para isso, dentre elas, a presa dos cimentos. O objetivo desse estudo é apresentar e explorar o potencial de um modelo experimental animal desenvolvido, para determinar a presa de cimentos obturadores endodônticos in vivo e comparar com os resultados obtidos em experimento paralelo in vitro. O tempo de presa in vitro do AH Plus, Bio-C Sealer, TotalFill BC Sealer e Sealapex foi determinado usando ISO 6876: 2012. Na determinação da presa in vivo, 24 ratos Wistar adultos foram acompanhados por dois períodos de avaliação: uma e quatro semanas. O incisivo superior direito foi extraído, seguido da remoção do tecido pulpar. O canal radicular foi, então, preenchido pela via retrógrada com um dos 4 cimentos, e o dente foi reimplantado e fixado no homólogo com uma camada de resina composta fluida. Após uma e quatro semanas do procedimento cirúrgico, os animais foram sacrificados e seus incisivos superiores direitos foram extraídos. Cortes de 2 mm de espessura do terço médio da raiz do dente foram obtidos e avaliados com um dispositivo Gillmore, para determinar se o cimento havia tomado presa ou não. Os seguintes resultados in vitro foram obtidos pela metodologia ISO 6876: 2012: AH Plus tomou presa, após um tempo médio de 423 ± 20min e 476 ± 35 min, em moldes de metal e gesso, respectivamente. O Bio-C Sealer endureceu após 7 dias (em moldes de gesso odontológico), enquanto o TotalFill BC Sealer e o Sealapex não endureceram, mesmo após 25 dias, em ambas as condições testadas (moldes de metal ou gesso). Usando a nova metodologia in vivo, AH Plus, Bio-C Sealer e TotalFill BC Sealer tomaram presa após 7 e 30 dias. Em contraposição, Sealapex não tomou presa em nenhum dos intervalos de tempo. Conclusões: AH Plus e Bio-C Sealer tomaram presa em condições de teste in vitro e in vivo. O TotalFill BC Sealer não tomou presa sob condições in vitro; mas, nos testes in vivo, a presa ocorreu uma semana após. O Sealapex não tomou presa sob condições in vitro nem in vivo. A influência das condições de teste nos resultados de presa é uma indicação clara de que novos modelos experimentais in vivo serão úteis, em estudos futuros, sobre cimentos endodônticos biocerâmicos.