A percepção do sentido da vida para o paciente com câncer: um olhar logoterapêutico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Medeiros, Angelica Yolanda Bueno Bejarano Vale de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11103
http://dx.doi.org/10.22409/MPES.2019.m.06095241782
Resumo: O sentido da vida é considerado o motor básico para a existência humana, já que pessoas com um sentido da vida possuem maiores possibilidades de superar situações de extremo sofrimento. Perceber que a vida tem um significado no padecimento de doenças graves como o câncer, pode ser um desafio devido ao impacto desta enfermidade na vida da pessoa. Uma das doenças com maior sintomatologia associada à perda do sentido de vida é o câncer, que de acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), e a Organização Mundial da Saúde (OMS), é visto como um problema de saúde pública e estima-se mais de 20 milhões de novos casos para o ano de 2025. Este trabalho tem como objetivo geral: Desvelar a percepção do sentido de vida em pacientes com câncer. Objetivos Específicos: Descrever a percepção sobre o sentido da vida em pacientes com câncer. Discutir compreensivamente as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos pacientes. Identificar as perspectivas para o futuro apesar da doença. O método: Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, com base na perspectiva teórica e filosófica de Maurice Merleau-Ponty e no marco conceitual, teórico e filosófico da Logoterapia de Viktor Frankl. Após aprovação pelo comitê de ética e pesquisa CEP e a publicação do parecer consubstanciado emitido em Novembro de 2017 com o CAAE: 73679417.5.0000.5243, iniciou-se a entrevista semiestruturada de caráter fenomenológica, junto com 19 pacientes com câncer, usuários do Ambulatório de Oncologia do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), de Niterói, RJ. Esta pesquisa cumpriu com as exigências éticas com seres humanos como determina a Resolução 466/12 e as exigências estabelecidas para a pesquisa em Ciências Humanas e sociais segundo a Resolução 510/16, do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Resultados: Foram desveladas quatro categorias, a Primeira: A percepção do significado e o sentido da vida na experiência com câncer; Segunda: Estratégias de enfrentamento religiosas e noológicas; Terceira: Ressignificando a existência apesar do sofrimento da doença: câncer; e Quarta categoria: A perspectiva do futuro: uma tarefa a ser realizada ou uma missão a ser cumprida. Considerações Finais: Comprovou-se que é possível ser desvelado o sentido da vida, em situações de sofrimento como no padecimento de doenças crônicas como o câncer. Experimentar que a vida tem um sentido possibilita a ressignificação da existência potencializando estratégias de enfrentamento mais douradoras, melhora na aderença no tratamento e ajuda a ter uma visão mais favorável do futuro. Limitações do estudo: Evidente lacuna do conhecimento na literatura acerca do sentido da vida e pacientes com câncer, assim como a falta de trabalhos de abordagem Logoterapêutica na área oncológica no Brasil, finalmente porque esta investigação foi realizada apenas com 19 pacientes em um hospital publico sem comparações ou amostras paralelas. Contribuição do estudo: Ocupação da sala de espera por psicólogo que ao pesquisar no ambulatório, utilizou os princípios da Logoterapia permitindo aos pacientes refletirem sobre o sentido da própria vida. Uma condução teórica e prática com vias translacional inédita. Estudo pioneiro no território Brasileiro ao respeito do uso da abordagem Logoterapêutica como forma de triangulação e conceituação dos depoimentos. Este trabalho pode servir como exemplo de atuação profissional na área da saúde, como forma de cuidado holístico junto a pacientes com câncer e assim ser ampliado para pessoas com outras enfermidades crônicas