Avaliação do perfil clínico e funcional do paciente com polirradiculopatia desmielinizante inflamatória crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pereira, Rouse Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26580
http://dx.doi.org./10.2209/PPGMN.2022.d.09296435773
Resumo: A Polirradiculopatia Desmielinizante Inflamatória Crônica (PDIC) é uma desordem adquirida do Sistema Nervoso Periférico (SNP) onde a bainha de mielina é afetada. Sua etiologia ainda é desconhecida e na maioria dos casos a sua evolução é progressiva e simétrica, com comprometimento proximal e distal de membros superiores e inferiores provocando alterações na marcha, no equilíbrio, na funcionalidade e na qualidade de vida. Várias escalas de avaliação têm sido propostas visando fornecer melhor acompanhamento dos pacientes e o gerenciamento das complicações secundárias. O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil clínico e funcional do paciente com Polirradiculopatia Desmielinizante Inflamatória Crônica típico. Foram utilizadas escalas que auxiliam na avaliação clínica da marcha, do equilíbrio, da funcionalidade, da função muscular e da qualidade de vida, tais como: o Índice Dinâmico da Marcha (Dynamic Gait Index –DGI), o teste de Avaliação da Mobilidade Orientada pela Performance (Performace Oriented Mobility Assessment – POMA), a escala de Rankin Modificada (Modified Rankin Scale – mRS), a escala Medical Research Council (MRC) e o questionário The Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey (SF-36) respectivamente, todas em suas versões brasileiras. Participaram da pesquisa sete pacientes, a maioria constituída por indivíduos do sexo masculino (71,4%), média de idade de 48 anos (mediana 41 anos). De acordo com o MRC, os pacientes apresentaram fraqueza muscular proximal (flexores de quadril) variando o score entre 3 a 4 (média de 3,57) e fraqueza muscular distal crural variando o score entre 2 a 4 (média de 3,29). De acordo com a escala DGI, todos os participantes apresentaram risco de queda com pontuação igual ou abaixo de 19 pontos (média de 17,43). De acordo com a escala POMA, um paciente (14,2%) apresentou alto risco de quedas com um score de 19, cinco participantes (71,6%) apresentaram um risco moderado para quedas, com scores entre 20 e 24 e, apenas um participante (14,2%) não apresentou risco de quedas, com score de 25. A média entre os indivíduos foi de 22,71 pontos na escala POMA. Em relação à escala mRS, cinco participantes apresentaram grau de incapacidade 1, ou seja, sem incapacidade significante, um participante apresentou grau 2, incapacidade leve, um participante presentou grau 3, incapacidade moderada, necessita de alguma ajuda, mas é capaz de caminhar sem assistência. Foi observado que os aspectos físicos obtiveram a menor pontuação na média da população em estudo em relação aos componentes do SF-36, impactando de forma mais significativa na amostra. Pode-se concluir com este estudo que a paresia proximal e distal em membros inferiores nos indivíduos com diagnóstico de PDIC típica afeta os padrões normais da marcha e do equilíbrio, de acordo com as escalas DGI e POMA, podendo estas escalas ser um preditor de risco de quedas nesta população. Observou-se também que a funcionalidade nesta população, apesar de ser uma doença crônica e progressiva, não é severamente afetada, de acordo com a escala mRS, mas que os aspectos físicos contribuem para problemas relacionados com a qualidade de vida nesta população de acordo com o questionário SF-36. Trabalhos futuros precisam ser estimulados a fim de investigar a sensibilidade das escalas em uma amostra maior de indivíduos com PDIC