Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Ana Amélia Penido |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/34257
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Resumo: |
Estudiosos das relações entre civis e militares enfocaram a profissionalização como uma chave de entendimento, capaz, até mesmo, de neutralizar a ação dos militares na política. De fato, a partir da profissionalização, as Forças Armadas adquirem características - como o espírito de corpo e a habilidade para a administração da força do Estado - que as transformam em uma instituição distinta das demais, cuja relação com o Estado e os civis não é sempre harmônica. Entretanto, tomando em conta a história do Brasil, a cultura política do povo, as inúmeras intervenções diretas dos militares na política, as relações entre civis e militares existentes neste território, entre outras questões, percebe-se que a profissionalização não pode ser objeto de um receituário único, pois ela transige segundo diversas variáveis internas e externas. Dessa maneira, é possível falar em uma profissionalização à brasileira. A principal ferramenta para a profissionalização é a educação militar, processo que se dá baseado em aspectos formais (como o currículo e conteúdos) e informais (símbolos e tradições). As escolas são, portanto, um espaço de ensino técnico, doutrinário e também de ressocialização do cadete. Com o fim da Guerra Fria e a redemocratização do Brasil, as ameaças à segurança e as possibilidades de emprego militar têm se transformado e, junto com elas, crescido os desafios para formar um oficial preparado para o futuro. Esta pesquisa teve como objetivo discutir, a partir do estudo da Academia Militar das Agulhas Negras, como a educação militar contribui para o processo de profissionalização dos oficiais brasileiros atualmente. Neste sentido, além desse debate teórico, foi feita análise quantitativa e qualitativa da Academia Militar de Agulhas Negras (AMAN), escolhida por se tratar do primeiro nível da formação dos futuros generais do Brasil. A educação militar em um país com as características brasileiras deve ter duas preocupações: uma formação técnica compatível com as necessidades de defesa e segurança do Estado e a identificação das Forças Armadas com o restante da sociedade, promovendo uma cultura democrática e voltada para a paz. Neste trabalho, concluiu-se que pensar uma educação que atenda a essas duas finalidades só é possível a partir de um novo paradigma para as relações entre civis e militares modernas, pautado pela cooperação e pelo controle público dos assuntos de Defesa. |