Influência da variação do módulo de elasticidade na distribuição de tensões em restauração dentária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Teixeira, Ágatha Borges
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27052
Resumo: Este estudo objetivou caracterizar e modelar uma restauração dentária feita com compósito resinoso polimérico. Para a caracterização mecânica das estruturas foi realizado o ensaio de dureza para obtenção do módulo de elasticidade. A modelagem computacional bidimensional utilizou a técnica de métodos de elementos finitos. Foi realizado o ensaio de dureza Vickers em escala micrométrica, com amostras de compósito resinoso nanoparticulado, e dentes terceiros molares inclusos. Constatou-se que não houve variação de módulo de elasticidade ao longo da dentina, enquanto no esmalte houve variação, sendo que o valor do módulo de elasticidade encontrado variou de 110 GPa na ponta da cúspide até 50 GPa mais próximo à junção amelodentinária. A partir desses resultados do ensaio de dureza foi elaborado um modelo geométrico do dente para o método de elementos finitos que levou em consideração a variação dos valores de módulo de elasticidade. Foram feitas cinco camadas com diferentes módulos de elasticidade no esmalte (110 GPa, 90 GPa, 80 GPa, 70 GPa e 50 GPa). A análise da simulação foi feita de cinco maneiras, a primeira analisou a distribuição de tensões no dente hígido com apenas um valor de módulo de elasticidade e comparou a utilização do valor utilizado na literatura (E=80GPa) e o valor máximo encontrado no ensaio de dureza (E=110GPa), sendo que optou-se por utilizar o valor de 80GPa nas próximas simulações. A segunda considerou o dente hígido com camadas e com E=80 GPa no esmalte. O terceiro estudo comparou o dente restaurado com camadas e com apenas um valor de E. A quarta análise o dente hígido e o dente restaurado. Já o quinto e último estudo avaliou o dente restaurado com compósitos resinosos de diferentes módulos de elasticidade (10 GPa, 20 GPa e 40 GPa). Com essas análises concluiu-se que houve diferenças entre o modelo com apenas um valor de modulo de elasticidade e o modelo proposto de camadas. Dentes restaurados têm maior tensão máxima de tração que no hígido, o que pode ser explicado pela descontinuidade provocada na estrutura com a retirada do material biológico, no caso o esmalte. Compósitos resinosos com menor módulo de elasticidade apresentaram menores tensões de tração na região cervical.