Estudo comparativo do perfil imunológico na hepatite aguda, hepatite fulminante e vacinação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Melgaço, Juliana Gil
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9183
Resumo: estudos e pesquisa científicos que auxiliam a compreensão dos mecanismos envolvidos no curso de infecção e progressão da doença. A hepatite A tem estudos bem consolidados em seu aspecto imunológico à infecção, porém é uma doença que está em fase de redução exponencial pelo processo de vacinação universal já iniciado no Brasil. Com isso, o primeiro objetivo deste trabalho foi avaliar a vacina contra hepatite A quanto à memória celular induzida. Neste objetivo, indivíduos foram imunizados com esquema de seis meses entre a primeira e segunda dose e foram monitorados por um período de 30 meses. As amostras de células mononucleares foram coletadas e submetidas à exposição ex vivo ao vírus da hepatite A (HAV), seguindo de testes imunológicos. Amostras de pacientes com hepatite A aguda foram utilizadas como "padrão ouro" para resposta celular natural contra o HAV. Os resultados mostram que somente uma dose da vacina de hepatite A é capaz de primar e gerar uma resposta de células T e B de memória específicas, e ainda similar à hepatite A aguda. O segundo objetivo do presente estudo consistiu na identificação do DNA mitocondrial (mtDNA) e das citocinas IL6, IL8, IL10, IFNγ e TNFα, como marcadores moleculares de gravidade envolvidos no quadro clínico de hepatite aguda (HA) e falência hepática fulminante (FHF) nas hepatites virais e não virais. Neste objetivo, amostras de plasma de pacientes com FHF foram comparadas com amostras de pacientes com HA e indivíduos saudáveis. Na FHF foi possível verificar liberação de produtos mitocondriais, resultantes do processo de necrose e disfunção hepática, assim como níveis elevados de citocinas. Estes marcadores poderiam ter utilidade no diagnóstico da falência hepática, auxiliando na realização de transplantes com maior solidez. O terceiro objetivo foi quantificar e comparar os fenótipos de células NK, TCD4, TCD8 e T regulatórias ativadas, assim como as citocinas produzidas a partir de ensaios de proliferação celular em vacinados, pacientes com HA, e FHF induzidos por HAV. A resposta celular na HA e FHF aponta que células T regulatórias ativadas são importantes para reduzir o número de células TCD4+ ativadas, porém não suficientes para minimizar o dano hepático, com altas taxas de citocinas produzidas, de células TCD8+, NK e NKT. Portanto, os três objetivos abordados apontam para a importância de estudar o sistema imune dos indivíduos vacinados e com infecção natural para hepatites virais, enfatizando a hepatite A. Finalmente, o trabalho traz informações sobre a resposta imune na hepatite A em diferentes contextos: prevenção, controle e evolução da infecção