A presença de negros em espaços de instrução elementar da cidade-corte: o caso da Escola da Imperial Quinta da Boa Vista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lopes, Katia Geni Cordeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14979
Resumo: Este estudo tem como principal objetivo investigar a presença de negros na Escola da Imperial Quinta da Boa Vista. Instituição esta criada e mantida pelo Imperador D. Pedro II, designada, inicialmente, para atender aos filhos dos empregados da Casa Imperial e dos moradores da Imperial Quinta. Para tanto, busca-se priorizar a consulta às fontes primárias, localizadas nos acervos do Museu, Biblioteca e Arquivo Nacional, do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro e do Museu Imperial. A interpretação produzida em relação ao domínio das letras por indivíduos de cor revela que, apesar das barreiras impostas, sobretudo simbólicas, que estabeleceram para essa parcela da população limitações de atuação em muitos ambientes sociais, a exemplo da escola, negros (inclusive na condição de escravos) aprenderam a ler e a escrever em diferentes espaços. Constatação que se contrapõe ao tradicionalmente afirmado pela historiografia educacional de que, durante o período marcado pelo escravismo, esses sujeitos estiveram à margem do mundo letrado, negando, inclusive, a perspectiva de uso das habilidades de leitura e escrita por esses atores sociais em seu cotidiano, como uma possível estratégia de distanciamento e superação da condição cativa