Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Sá, Fabian |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/8545
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Resumo: |
Para poder compreender a geoquímica do arsênio em ambiente estuarino este trabalho buscou abordar o assunto sob diferentes enfoques, juntando diferentes técnicas e métodos, como mapeamento superficial, grau de piritização, datações e interpretações do enriquecimento deste elemento. A hipótese foi verificar a influência das atividades antrópicas, principalmente a produção de fertilizantes, no Complexo Estuarino da Baía de Paranaguá nas concentrações de arsênio nos sedimentos, bem como os fatores geoquímicos que influenciam na sua mobilidade e distribuição. Além do metalóide arsênio, foco do desenvolvimento desta pesquisa, os elementos ferro e o alumínio também foram analisados por serem importantes indicadores de processos do comportamento geoquímico do arsênio. Bem como análises granulométricas, de matéria orgânica, carbono orgânico total (C.O.T.) e carbonatos. No Complexo Estuarino da Baía de Paranaguá as concentrações de arsênio variaram de 0,60 a 10,99 mg/kg para as amostras de sedimento superficial, porém especificamente para amostras do principal canal de navegação presente neste estuário, este valor foi de até 21,70 mg/kg. Na coluna sedimentar as concentrações de arsênio variaram de 2,7 (base) a 8,4 mg/kg (superfície), sendo o valor de base assumido como nível de referência local. As estimativas das taxas de sedimentação, calculadas a partir do decaimento do 210Pb, foram de 0,6 cm/ano para a região mais interna do estuário e de 0,2 cm/ano no setor mediano. Porém, no setor mediano este valor foi obtido até ~30 cm de profundidade e nas camadas mais profundas a taxa sedimentar calculada foi de 1,4 cm/ano. Dentre todas as variáveis investigadas, o ferro apresenta relação positiva com o elemento arsênio. Sendo que 70% do arsênio na coluna d’água estão presentes na fase dissolvida, o ferro é o principal agente geoquímico na mobilidade e distribuição do arsênio, juntamente com as condições hidrodinâmicas. As maiores variações nas concentrações de arsênio nos sedimentos superficiais estão nas proximidades da cidade de Paranaguá, principalmente na margem norte OPOSTA, e no setor interno do canal de navegação. A margem norte do Complexo Estuarino da Baía de Paranaguá apresenta incrementos significativos nas concentrações de arsênio, sendo 17 vezes superior ao nível de referência regional assumido (2,7 mg/kg) calculado pelo Fator de Enriquecimento (FE), e de 20 vezes a partir do Índice de Geoacumulação (Igeo). O grau de piritização do arsênio (DTMP-As) é intensificado nas regiões eutróficas e menor na área oligotrófica do sistema estuarino. A Enseada do Benito e Paranaguá (eutrófico) apresentaram os maiores valores de DTMP – As em função do grau de piritização (DOP), atingindo quase 100% de piritização de arsênio enquanto o grau de piritização (DOP) varia de 40 a 75%. Em Paranaguá estes valores de DTMP-As e DOP são um pouco mais baixos (92 % e 40 %, respectivamente), principalmente nas camadas superficiais (0 – 2 e 2 – 5 cm). Já a Ilha do Mel (eutrófica) o DTMP-As variou de 3,5 % a 13 %, enquanto o DOP encontrado foi de 18 % a 37 %. Desta forma, o elemento ferro pode ser considerado como fator dominante para este metalóide, tanto nos sedimentos superficiais como na coluna sedimentar |