Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Molinário, Fábio Jorge de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/15022
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Resumo: |
O início da carreira muitas vezes apresenta dilemas e dificuldades, pois, devido à falta de experiência o professor iniciante encontra-se inseguro, ansioso e carregado por inúmeras informações que lhes são apresentadas na formação. É o momento do choque com a realidade, ao mudar de posição o profissional deixa de ser aluno e assume o papel de professor. Movimento que pode ser cercado por: inseguranças, incertezas, angústias e ansiedade diante dos novos desafios. Se para os professores experientes já é difícil enfrentar estes desafios, a carga aumenta e se complexifica significativamente para os professores jovens em seus primeiros anos de carreira. O início da carreira docente é marcada por um acumulo de experiências e descobertas de um modo de exercer a profissão. Com o tempo, essa prática se transforma e abre espaço para amadurecimentos e práticas profissionais já estabelecidas. Esta fase, mais consolidada, abre espaço também para que estes professores questionem a formação a que foram submetidos. Esse momento inicial da carreira, muitas vezes, os professores se encontram com sentimento de solidão nas escolas. A literatura investigada aponta a necessidades de políticas que colaborem com essa entrada na carreira com a perspectiva de, entre outras questões relevantes, de apoio para permanência desse professor no campo profissional. No percurso da pesquisa encontramos alguns projetos com essa aderência no Brasil e alguns países na América do Sul. Nos chamou atenção o Programa de Residência Docente (PRD)do Colégio Pedro II no Rio de Janeiro que, no início de sua criação, surge com essa preocupação. O programa faz parte de uma série de ações desencadeadas pelo Ministério da Educação (MEC) nos governos Lula-PT (2003-2011) e Dilma-PT (2012-2016) com a criação da Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica criada em 2009, reforçando a Lei 11.502/2007 que delegou Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) o fomento de programas de formação inicial e continuada de professores. Considerando o contexto acima, orientamos a pergunta central do estudo da pesquisa sobre o Programa de Residência Docente: Como os professores supervisores e residentes do Programa de Residência Docente do Colégio Pedro II articulam o conhecimento profissional considerando as realidades distintas nas quais estão inseridos? Com isso, a pesquisa tem como objetivo analisar este programa de residência docente com ênfase nos aspectos da organização e desenvolvimento do conhecimento profissional estabelecido entre professores supervisores e residentes docentes. A pesquisa se fundamentou numa metodologia qualitativa com a utilização da história oral, como instrumento de escuta que pudesse acessar os sentidos e significados das experiências vivenciadas pelos professores. Realizamos entrevistas com dois professores supervisores e dois professores residentes que participaram das primeiras turmas do programa. Estas foram textualizadas e reorganizadas em narrativas, apresentadas na íntegra na dissertação e posteriormente dialogada, com e por esse pesquisador, buscando (a partir de seu olhar) a riqueza e intensidade daquilo que aprendemos com o narrado e vivido das histórias do processo de formação. A dificuldade em terminar a pesquisa revela a sensação de que algo ficou de fora, que não abordamos tudo a partir das narrativas e da trajetória da pesquisa. De fato, tudo que tentei dizer foi pouco para representar não apenas o desenvolvimento da pesquisa, mas as trajetórias vividas no programa. Aprendemos no percurso a impossibilidade de dizer tudo que desejávamos e que esse todo não existe. O não tido também ecoa nesse estudo e é nele que espero continuar conversando |