Composição da matéria orgânica nos estuários de Cairu e Camamu, BA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Mello, Tatiana Baptista Martinez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6956
Resumo: O estuário de Cairu e a baía de Camamu estão localizados no sul da Bahia, nordeste do Brasil. O objetivo deste estudo é determinar as principais fontes e processos que atuam nessas duas áreas através da análise elementar e isotópica do carbono e nitrogênio de amostras de sedimentos superficiais como também sua composição molecular, esteróis e produtos da oxidação alcalina com CuO. A composição isotópica do carbono e nitrogênio apresentaram uma variação maior no estuário de Cairu do que na baía de Camamu. Essa maior variação em Cairu foi em função a sua geomorfologia particular, com áreas que criam regiões hidrodinâmicamente distintas. Nos canais de contato com o mar a matéria orgânica (MO) é altamente influenciada pela maré, então o δ 13C apresentou valores mais positivos, baixas concentrações de carbono orgânico (CO) e λ8 (somatório dos grupos vanilil (V), siringil (S) e cinamil dos produtos da oxidação alcalina com CuO). Nas regiões internas do estuário esse comportamento se inverte em função da alta contribuição da MO da vegetação de mangue e baixa hidrodinâmica. Através da razão ácido 3,5 dihidroxi benzoico / V foi possível identificar em Camamu áreas onde a MO lixiviada da bacia de drenagem imprime seu sinal nos sedimentos. Nos setores Nilo Peçanha, Cairu e Valença, houve predominância dos esteróis que indicam plantas terrestres, como o estigmasterol. No setor Barra dos Carvalhos, os esteróis colesterol, colestanol e colestanona predominaram, indicando a contribuição do fito e do zooplâncton na MO sedimentar. No setor Boipeba, o estigmastanol - a forma degradada do estigmasterol - foi o composto mais abundante. Através da aplicação da técnica de agrupamento Fuzzy C-Means, foi possível identificar regiões distintas em cada área de estudo. Na baía de Camamu, três regiões biogeoquimicamente diferentes foram identificadas em função da concentração de V e S: áreas de deposição de MO oriunda de solos e mangue; área de mistura de fontes (manguezal e marinha), e a região que recebe maior influência fluvial. No estuário de Cairu, quatro regiões distintas foram identificadas em função do teor de CO: área de alta deposição de MO (solos e mangue); área de deposição (mangue); área com mistura de fontes, porém com predominância do sinal do manguezal; e região com diferentes massas d’agua (fluvial e marinha).