Assimetria na transmissão de preços da gasolina no Brasil: os efeitos do mandato de etanol e o papel da nova estratégia de precificação da Petrobrás

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Raeder, Francisco Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24291
Resumo: O objetivo do trabalho é verificar a ocorrência de assimetrias na transmissão de preços da gasolina, entre todas as atividades de sua cadeia produtiva (produção, distribuição e revenda), nas macrorregiões do Brasil em dois momentos distintos: antes (2004-2015) e após (2016-2019) da mudança de estratégia de precificação nas refinarias da Petrobras. Também são considerados os preços do etanol anidro como potencial fonte de assimetria, uma vez que compõem parcela relevante dos preços da gasolina devido ao mandato obrigatório de adição. A hipótese testada é a existência dos efeitos “foguete” e “pena”, isto é, as variações positivas nos custos são repassadas mais rapidamente e de modo mais intenso ao preço do produto, comparativamente às variações negativas. Para isso, foram utilizados estimadores de Mínimos Quadrados Ordinários Dinâmicos e Modelos de Correção de Erros em dados semanais, de maio de 2004 até junho de 2019. Resultados apontam a ocorrência de assimetrias nos dois períodos estudados, com destaque para o efeito “foguete”, no primeiro momento, e para o efeito “pena”, no segundo. Contudo, o fenômeno se mostrou menos intenso com a adoção da nova estratégia de precificação da Petrobras. Além disso, foram estimadas as perdas monetárias dos consumidores decorrentes das transmissões assimétricas de preços da gasolina. Após a adoção da nova estratégia, por parte da Petrobras, as perdas dos consumidores se reduziram em pouco mais de 26%.