A revalorização do bairro Parque Tamandaré, em Campos dos Goytacazes, RJ, sob a lógica da especulação imobiliária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rosa, Walkirya Pereira da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/10698
Resumo: Abordam-se, neste estudo, as transformações incididas no espaço urbano do município de Campos dos Goytacazes à luz dos ciclos econômicos regionais, enfatizando o interstício compreendido entre os anos 2000 e 2017. Toma-se como campo analítico, deste contexto, as transformações ocorridas na paisagem do bairro Parque Tamandaré, através da atuação dos mais diversos agentes moduladores do espaço sejam eles de natureza pública ou privada, mas, principalmente, a partir da atuação da indústria imobiliária. Neste sentido, observa-se, no âmbito da especulação imobiliária local, o processo, cada vez mais adensado, de demolições de antigas edificações residenciais unifamiliares como forma de reverter a escassez de terrenos para abrir margem para a verticalização do bairro a partir de novas estruturas e produtos imobiliários destinados à residências plurifamiliares, hotéis, escritórios, dentre outros, o que concentra infraestrutura, bens e serviços naquela região, de modo a aumentar, ali, o preço da terra, revalorizando-a ainda mais. Nesta vertente, o Parque Tamandaré vem sendo apropriado, de modo substancial, pelas classes mais abastadas cujas demandas, dialeticamente, produzem e reforçam as desigualdades socioespaciais no tecido urbano, o que repercute no direcionamento de enormes parcelas da população para as áreas periféricas, onde o preço da terra é baixo, não se constituindo, portanto, em atrativo para os agentes imobiliários, e, por conseguinte, privando-as do acesso à infraestrutura, bens e serviços necessários à vida na cidade