Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Martins, Matheus Fernando Moreira Dias Sadde |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/34649
|
Resumo: |
O Capital Financeiro de Rudolf Hilferding é uma das principais obras que o pensamento marxista produziu no século XX. Seu objetivo foi o de compreender teoricamente as mudanças que o desenvolvimento mais recente do capitalismo apresentava à sua época. Para o autor, estas mudanças determinavam uma forma historicamente específica do capital que tinha como principal característica a tendência à ampliação da concentração. O conceito que expressa esta nova forma histórica é o conceito que dá título ao livro de 1910. As mudanças que determinam a emergência do capital financeiro procuraram ser apreendidas teoricamente com base no que Marx apresentou em O Capital. Para a formulação do capital financeiro, Hilferding apresenta tanto uma interpretação da análise do dinheiro e do crédito de Marx quanto uma formulação que busca indicar o que viria a ser uma compreensão marxista do capital acionário, da especulação e das crises. Contudo, o que fundamenta e delimita teoricamente o capital financeiro é a modificação na concorrência que determina como formas hegemônicas na relação entre os ramos de produção, os cartéis e os trustes. Esta ideia é a base do argumento central de Hilferding. A justificativa elaborada pelo autor para a defesa desta modificação como o elemento que determina a existência do capital financeiro se assenta numa dada compreensão sobre a lei do valor e sobre a lei geral da acumulação capitalista de Marx. Depois de concebido o capital financeiro, o autor afirma em seguida que o capital financeiro determina uma tendência histórica que redefine o devir do movimento do capital. Esta dissertação procurou analisar de um ponto de vista crítico tanto os elementos que são apontados como condições ao surgimento do capital financeiro quanto a explicação oferecida pelo autor acerca das mudanças que este capital engendra na maneira como o capital se reproduz. A criticidade da análise feita está em justamente observar os desacordos teóricos que a principal obra de Hilferding possui com a teoria de Marx. Conclui-se, a partir disso, sobre a sustentabilidade do capital financeiro enquanto uma categoria e enquanto uma forma histórica, e também sobre a possibilidade de se afirmar na tradição marxista uma tendência histórica distinta do devir do capital. |