Modernos e autoritários: as duas arquiteturas do poder expressas pelo Palácio da Fazenda e pelo Palácio da Educação e Saúde Pública (1934-1945)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Leduc, José Luiz Grünewald Miglievich
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23818
Resumo: O estreito laço entre arte e política fica evidente quando nos aproximamos da produção tectônica do Estado. A arquitetura, que nos permite abrigar toda manifestação da arte, traduz em especial medida o simbolismo próprio do discurso político. Assim como em muitos outros contextos, na década de 1930 a arquitetura forneceu o léxico necessário ao discurso político do governo de Getúlio Vargas. Os projetos dos edifícios ministeriais então produzidos levaram à cena da antiga capital da República o embate intelectual do que herdamos concretamente duas expressões estéticas, duas imagens distintas que pertencem ao Estado Novo – suposto monolítico. O Palácio do Ministério da Educação e Saúde Pública e o Palácio da Fazenda, concebidos enquanto eram também desenhadas as bases da nova conjuntura política do país, expressaram as linguagens progressistas e por vezes contraditórias de um Estado que é ao mesmo tempo moderno e autoritário. Procuramos Investigar o contexto do campo da arquitetura desse período, questionando a função social do arquiteto diante do repertório político do governo Vargas, e propor reflexões sobre os meios materiais da produção cultural que possibilitaram escolhas tão distintas na eleição dos elementos simbólicos do discurso político. Investimos sobre os traços das arquiteturas que ofereceram o léxico apropriado ao Estado, buscando determinar características e atributos próprios de um discurso de poder simbólico. Observamos o campo da arquitetura diante de um conflito avaliado além da querela estilística, considerando a pluralidade político-ideológica do seu contexto, e examinamos o simbolismo contido no discurso político, substanciado nas arquiteturas dos monumentos do Estado.