Travessias e encontros: sobre a (de)formação docente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Sentineli, Tiago Afonso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27868
Resumo: O presente trabalho teve como objeto de pesquisa um debate teórico crítico sobre a formação docente e as dificuldades existenciais de dar continuidade à formação; uma pesquisa de campo, em formato de rodas de conversa, com o objetivo de debater, com um grupo de docentes, sobre as inquietações teóricas que motivaram a pesquisa em um todo. A abordagem exposta em seu título, ou seja, (de)formação, foi a definição escolhida para sintetizar a formação docente carente de crítica e pensada em uma perspectiva sem enraizamento social e histórico. Uma formação que reproduz um modelo de educação que atende aos ditames da sociedade capitalista neoliberal, contribuindo para a perpetuação das desigualdades sociais. O trabalho tem como ponto de partida um memorial que resgata as minhas experiências com a docência e, a partir das inquietações advindas dos exercícios de reflexão crítica sobre essas vivências no trabalho docente, foi se desenhando o caminho teórico escolhido para a discussão subsequente que contempla a alienação e o roubo do tempo, aspectos existenciais da sociedade capitalista neoliberal que produzem e sustentam a (de)formação. Na sequência, utilizando argumentos teóricos da Psicologia Escolar e da Pedagogia histórico-crítica, discute-se a formação inicial e o desencontro que ela provoca entre docentes e a escola real, atravessada pelas desigualdades sociais, e algumas das dificuldades impostas à formação continuada. As políticas de sabotagem e (des)incentivo à formação continuada na rede pública estadual de ensino do Estado do Rio de Janeiro é analisada e discutida em recorte e a partir da análise da legislação federal e estadual no que concerne à formação continuada. Em sua parte final, o trabalho apresenta os resultados da pesquisa “Professores na Pandemia – fase 3”, realizada no formato de rodas de conversa com um grupo de cinco professoras. A ação de realizar a pesquisa teve e tem como objetivo criar espaços coletivos que visem a superação da (de)formação e a mobilização da classe docente em torno das lutas e debates urgentes para a melhoria da prática educativa e das condições de trabalho/existência.